E o ministério?

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a primeira-dama Marisa Letícia talvez estejam regressando hoje a Brasília, não há certeza, depois de passarem o Carnaval no Forte dos Andradas, em Guarujá, no litoral paulista.

Lula decerto aproveitou a folga momesca (já havia tirado dez dias de férias no começo do ano) para fazer os derradeiros ajustes na composição do ministério, por enquanto mantido em estado de letargia.

Mesmo reiterando não ter pressa para anunciar o ministério, quase dois meses se passaram desde a posse e o governo não foi capaz de apresentar sua nova fisionomia. A sociedade tem razões para manifestar-se insatisfeita com a situação, tendo em vista que tratativas nem sempre mantidas em segredo exibem nuanças das adversidades que o presidente enfrenta na escolha dos auxiliares.

A pressão dos partidos da base é diuturna, cada um querendo abocanhar o maior naco, ou o mais expressivo em termos de recursos orçamentários, impondo a prática da porteira fechada, ou seja, a prerrogativa de nomear integrantes do partido para postos estratégicos nos respectivos ministérios e nas instituições vinculadas.

Um lembrete ao presidente Lula: nenhum outro chegou a 50 dias efetivos de governo devendo a nomeação do ministério. Mãos à obra!

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