E agora?

O Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST), um filhote que o MST recusa aceitar como legítimo na luta pela reforma agrária, segundo as contas publicadas pelo governo federal, recebeu nos últimos seis anos o módico auxílio financeiro de R$ 5,6 milhões. Do total, R$ 5,5 milhões foram repassados pelo atual governo.

Não há equívoco na informação. O governo federal transferiu para o caixa do movimento, mediante a indigitada Associação Nacional para a Reforma Agrária (Anara), organização não-governamental urdida no ventre do próprio MLST, em dinheiro vivo subtraído da renda suada dos trabalhadores, a verba utilizada para materializar manifestações tão bestiais quanto inadequadas à conduta de instituições financiadas por recursos públicos.

Em outras palavras o que se depreende é que o governo federal concedeu verbas à instituição responsável pelo insano quebra-quebra nas dependências da Câmara dos Deputados, acompanhado por agressões físicas de extrema insanidade contra servidores públicos e, pior, a supina avacalhação do Parlamento de si mesmo deslustrado pelos escândalos do mensalão, do caixa dois e dos sanguessugas, num período legislativo como jamais houve em matéria de decomposição moral.

É isso: em última análise a União entrou com o dinheiro utilizado por suposta entidade de fins sociais no ato provocador de emasculação de um dos três poderes da República. E agora? 

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