Dunga fala em resgate do orgulho de defender a seleção

Apesar da eliminação na Copa do Mundo, com a derrota de 2-1 do Brasil para a Holanda nas quartas de final, o técnico Dunga defendeu o método de trabalho adotado nos últimos quatro anos e se disse feliz com o que chamou de resgate da vontade de jogar pela seleção brasileira.

¨Poucas vezes você viu a seleção brasileira ficar 52 dias sem nenhuma polêmica. As coisas transcorreram normalmente como tem que ser, com muita transparência¨, disse em entrevista coletiva ainda no estádio Nelson Mandela Bay, em Port Elizabeth, o local da eliminação do Brasil.

¨É óbvio que muitos jogadores viam esta Copa do Mundo como a grande oportunidade da vida de cada um, de fazer sua história dentro da seleção brasileira. Então, acaba acontecendo o nervosismo¨, completou, ao comentar os últimos minutos do jogo.

Depois, o treinador defendeu os resultados de quatro anos de trabalho e o orgulho que os jogadores sentem de defender o país.

¨Conseguimos resultados nestes quatro anos e talvez o maior resultado foi o resgate da vontade de jogar pela seleção brasileira. Se vocês vissem a fisionomia dos jogadores, poderiam entender melhor¨, declarou.

¨Sinto-me muito orgulhoso de ter estado à frente deste grupo de trabalho com estes jogadores, com a dignidade que eles sempre se demonstraram com a seleção brasileira¨.

O técnico defendeu ainda a linha de trabalho durante a Copa, com acesso limitado da imprensa aos jogadores e aos treinos.

¨Sem dúvida, sou o comandante da seleção brasileira e todas as decisões que tomei foram em prol da seleção. Tinha que ter privacidade, tinha que treinar e tudo que nós programamos foi feito. Respeito o trabalho da imprensa, mas imprensa é imprensa e seleção é seleção¨.

¨Nos momentos que eram abertos a vocês, todo mundo foi lá e atendeu a imprensa, podia olhar o treino. Não fizemos nada muito diferente das outras seleções aqui na Copa do Mundo¨, concluiu Dunga, que confirmou o fim de seu período à frente da seleção na mesma entrevista coletiva.

¨Quanto ao meu futuro, já se sabia muito bem quando eu cheguei na seleção que eram quatro anos que eu ia ficar¨.