Dossiê: MPF cobra mais rapidez na investigação da PF

O Ministério Público Federal não vai admitir desvios e morosidade na investigação sobre a origem do R$ 1,75 milhão que petistas usariam para comprar o dossiê Vedoin. O alerta foi dado ontem em Cuiabá pelo procurador da República Mário Lúcio Avelar, que acompanha o inquérito da Polícia Federal

"Temos que correr com algumas medidas, temos que correr", advertiu ele, à saída do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Mato Grosso, onde atua também como procurador regional eleitoral. Avelar destacou que a proximidade da eleição não influi na apuração. "Para o MP não pesa o fato de a eleição estar próxima. Não pesa mesmo", disse. "Nós temos é que apertar o pé. Isso tem que ser esclarecido o quanto antes, essa é a disposição do MP.

Avelar cobrou celeridade do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que detém informações sobre movimentações financeiras atípicas. "O quanto antes isso tem de estar apurado, o mais rápido. Espero que esta semana a gente tenha um impulso efetivo.

Avelar suspeita até que o dinheiro para compra do dossiê tenha saído de doações de campanha eleitoral. "Pode ser essa a origem, mas também pode ser o crime organizado, o jogo do bicho ou o assalto aos cofres públicos." Mas ele evitou opinar sobre a forma como os dólares apreendidos pela PF com os petistas Gedimar Passos e Valdebran Padilha entraram no Brasil. "Não posso especular, se saiu por Miami, por exemplo. Tem que ver essas coisas.

Observou, porém, que os depoimentos prestados pelos petistas na sexta-feira, em Brasília, contêm divergências. "Houve vários pontos conflitantes, apesar de ter havido uma articulação meticulosa para que houvesse uma história criada para ocultar a verdade dos fatos, para dificultar a identificação da origem do dinheiro e dos principais operadores responsáveis por esse esquema

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