Doleiro confirma que tinha contas bancárias nos EUA, Uruguai e Suíça

O doleiro Antônio Oliveira Claramunt o "Toninho da Barcelona’, disse às Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) dos Bingos, do "Mensalão" e dos Correios, que tinha contas bancárias nos Estados Unidos, Uruguai e Suíça.

"Toninho da Barcelona" mencionou os Bancos Beacon Hill, MT Bank, Pine Bank, Commercial Bank e a Casa Bancária Lespan, no Uruguai. Além disso, admitiu que tinha uma conta na Suíça. Ele também informou aos parlamentares que teve ter uma empresa off shore nas Ilhas Virgens Britânicas.

Ao ser indagado pelo relator da CPI dos Bingos, senador Garibaldi Alves (PMDB-RN), se estava disposto a abrir o sigilo bancário, "Toninho da Barcelona" disse que a Polícia Federal (PF) tomou esta providência. O doleiro também afirmou a Alves que as informações bancárias podem ser acessadas por meio de uma senha que está em poder da PF.

"Toninho da Barcelona" afirmou, ao responder a uma pergunta sobre se estava disposto a fornecer a senha: "A Polícia Federal sabe mais as minhas senhas do que eu." O doleiro também disse que a empresa dele no Brasil, a Barcelona Tour, não tinha como cliente autoridades públicas.

Apesar disso, reconheceu que dois juízes federais – Ali Mazloun e Cássio Mazloun – e alguns policiais federais faziam operações legais com a companhia. Sobre o juiz João Carlos da Rocha Mattos, "Toninho da Barcelona" disse que teve apenas um encontro social com ele.

O doleiro sugeriu ainda que a CPI do Banestado, cujos trabalhos foram encerrados, poderia ajudar no esclarecimento do esquema do "mensalão". "Toninho da Barcelona" disse aos parlamentares que nunca teve uma conta no Banestado. O doleiro garantiu, porém, que trabalhava com doleiros que tinham conta na instituição financeira.

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