Documento da PM comprova relapso da Prefeitura de Curitiba

Documento da Polícia Militar do Paraná comprova que a Prefeitura de Curitiba foi relapsa ao tentar convênio para a formação de uma nova tropa de guardas municipais. De acordo com o documento, assinado pelo adjunto da Subseção de Legislação, capitão Élio de Oliveira Manoel, a proposta indica que o curso de formação seria realizado através de um convênio com a Faculdade de Estudos Sociais do Paraná (Fesp), “não detalhando qual seria exatamente a participação da PMPR”.

Ainda de acordo com o documento oficial, “não está claro se o município tem a intenção de firmar convênio com o Estado do Paraná para que o curso funcionasse nas dependências do Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças, como já ocorreu com outros municípios, ou se somente teríamos que designar e autorizar a contratação de instrutores”.

De acordo com a explicação do coronel, com a falta dessa informação, a Polícia Militar tentou por três vezes contato com a Prefeitura, que respondeu, de última hora, e ainda mudou mais uma vez a proposta. Estas inúmeras mudanças, atrasos e falta de informações por parte da Prefeitura de Curitiba inviabilizaram o convênio para o treinamento dos guardas municipais, já que a Academia do Guatupê estaria com sua capacidade voltada para o treinamento dos 1.028 novos policiais militares.

“A disposição da Polícia Militar em firmar convênios para treinar guardas municipais existe, desde que as prefeituras respeitem os procedimentos necessários, o que não aconteceu com a Prefeitura de Curitiba”, diz o secretário da Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari.

Módulos

O secretário reafirmou nesta quinta-feira, que não aceita a proposta do prefeito Cassio Taniguchi para que policiais militares fiquem parados em módulos policiais. “Ele quer a polícia fixa em módulos, nós queremos a polícia nas ruas, para combater a criminalidade com rapidez”, avalia. Delazari considera viável a proposta de que os guardas municipais assumam os módulos para que funcionem também como base de apoio fixa para a atuação de policiais militares que trabalham nas ruas.

Deputado

Para o deputado estadual Antonio Annibelli, o prefeito de Curitiba teve dois mandatos para resolver o assunto dos guardas municipais e outros relativos à segurança da população curitibana. “As críticas são políticas. E só aconteceram agora porque estamos em época de campanha eleitoral”, disse. Annibelli ainda lembrou que quem realmente tem demonstrado interesse e procurado resolver os problemas de segurança pública em todo o Estado é o governador Roberto Requião, realizando concursos, contratando novos policiais e “colocando a polícia na rua”. “A população está vendo e sabe disso”, afirma.

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