DNA Propaganda alega que jamais cobrou por serviços não-prestados

Belo Horizonte (AE) – A agência de publicidade DNA Propaganda informou hoje, em nota, que "jamais cobrou da Visanet do Banco do Brasil (BB), ou de qualquer outro cliente, serviços que não tenham sido devidamente prestados e comprovados".

A agência de publicidade, de acordo com o texto, "lamenta a confusão que se formou com relação à apuração dos fatos e a divulgação precipitada e incorreta de responsabilidades".

A verba de publicidade da Visanet integra um fundo gerido pelo BB, Bradesco, Banco Real e Visa. O faturamento não é feito pelo BB mas, sim, pela Companhia Brasileira de Meios de Pagamento, que tem Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) diferente do do BB.

A agência informou que cada um dos integrantes do fundo recebe, anualmente, um valor para divulgação dos cartões Visa, proporcional à participação acionária, que é destinado à difusão dos cartões de crédito e débito de bandeira Visa em todo o território nacional.

Cabe ao BB destinar a parte que lhe cabe nessa verba, indicando à DNA Propaganda onde ela será empregada e o valor que será investido. As ordens para o uso da verba Visa, segundo a DNA, são dadas, diretamente, pela diretoria de Marketing e Comunicação, à qual as agências estão subordinadas, e recebem pareceres da diretoria de Varejo, que são aprovados pelos conselhos e controles internos do banco.

"A DNA só executava pagamentos mediante recebimento de autorização, por escrito, de funcionários do Banco do Brasil, previamente indicados para tal procedimento", afirma o comunicado.

A DNA reitera também que "não houve exclusividade alguma da DNA na administração dessa verba", uma vez que há um rodízio entre as três agências que atendem o banco e também é freqüente a instituição financeira autorizar o pagamento de fornecedores, carros e valores de promoção ou patrocínio para as três empresas simultaneamente.

Em setembro, a DNA diz que foi investigada pela Polícia Federal (PF), a pedido da Procuradoria-Geral da República, sobre o uso e aplicação dos investimentos realizados pela Visanet por meio da agência e apresentou todos os documentos pertinentes ao trabalho realizado.

Segundo a DNA, a agência prestou serviços aos BB por 11 anos – de 1994 a 2005 -, criteriosamente, normatizados pelo cliente, pela Secretaria de Comunicação de Governo e Gestão Estratégica da Presidência da República e pelo mercado publicitário e, periodicamente, fiscalizados e auditados pelos órgãos competentes sem que, nesse período, nada de anormal tivesse sido apontado.

"Como ficou claro no primeiro relatório da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) dos Correios, assinado pelo próprio (relator, deputado) Osmar Serraglio (PMDB-PR), e outro, do Banco Central (BC), sobre a movimentação financeira das empresas envolvidas nesta crise, a DNA Propaganda não fez empréstimos bancários e não repassou um só centavo ao PT, a políticos de qualquer partido ou pessoas ligadas a estes", conclui o texto.

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