Distribuídores de gás da região Sul se reúnem com a ministra Roussef

O preço do gás natural importado da Bolívia e vendido pela Petrobras para as distribuidoras brasileiras foi o tema de uma reunião, no Palácio do Planalto, com a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, representantes do Fórum Parlamentar Industrial Sul e das três distribuidoras da região sul (Compagas, SCGás e Sulgás).

As distribuidoras e as federações das indústrias dos três Estados querem que o governo federal gestione junto à Petrobras para não haver em 2006 aumentos do gás natural como os praticados pela Petrobras em 2005. A intenção é criar uma fórmula para que um realinhamento de preços, se for necessário, seja o menor possível e com repasses diluídos ao longo de um prazo maior, para permitir a previsibilidade dos custos das indústrias consumidoras.

Durante a reunião, a Compagas e a SCGás apresentaram a Dilma Roussef, ex-ministra das Minas e Energia, os números referentes ao custo do combustível importado da Bolívia e à diferença em relação ao gás natural nacional, consumido nos Estados do Sudeste e Nordeste.

A ministra ficou preocupada com os números e se comprometeu a convocar outra reunião para discutir o assunto. ?Estamos trabalhando para que as indústrias do Sul possam ter a sua competitividade garantida em relação aos demais estados, com realinhamento de preços do gás natural que se adaptem ao seu cronograma de custos e investimentos?, disse o presidente da Compagas, Luiz Carlos Meinert.

Histórico

A Compagas estava com seu preço de venda do gás natural inalterado desde maio de 2003, mesmo com os reajustes aplicados neste período pela Petrobras. Só neste ano, o aumento será de 33%. Foram quase 10% em janeiro de 2005. Desde julho último, quando a Petrobras anunciou que aumentaria outra vez o preço do combustível, a Compagas agiu firmemente para que o valor do reajuste fosse reduzido ou que o seu prazo de aplicação fosse ampliado.

No entanto, após diversas reuniões com a estatal, das quais participaram todas as distribuidoras do sul, foram confirmados os reajustes de 13% para o preço do gás natural já a partir de 1º de setembro e de 10% em 1º de novembro, totalizando os 33% neste ano.

Em função deste contexto, e levando em consideração que o aumento de janeiro já foi absorvido pela Compagas, a empresa teve que realinhar as tarifas da seguinte forma: 9,2% para o mercado Industrial, R$ 0,0648/m3 (com impostos) para o mercado automotivo (GNV) e 2,36% para os mercados comercial e residencial.

O reajuste começou a valer, nesta sexta-feira, sendo que a Compagas assumiu os primeiros 15 dias do reajuste feito em setembro pela Petrobras. A companhia também garantiu a estabilidade nas tarifas até o final de 2005, mantidas as atuais condições econômicas.

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