A diretora de Assuntos Fiscais do Fundo Monetário Internacional (FMI), Teresa Terminassian
disse hoje que o projeto-piloto que o Brasil apresentou ao fundo
em conjunto com Chile, Etiópia, Colômbia, Gana, Índia, Peru e Jordânia para
aumentar a participação do setor privado em obras de infra-estrutura serviu para
mostrar a importância do investimento privado nessa área, já que a participação
do setor público diminui a cada ano, não só na América Latina, como em outras
regiões.
Ela foi uma das oradoras da abertura do seminário A Melhoria da
Qualidade dos Investimentos Públicos e as Parcerias Público-Privadas. O
seminário internacional é uma promoção dos ministérios do Planejamento e da
Fazenda e do FMI. Os debates vão até quarta-feira, reunindo na Escola Nacional
de Administração Pública (Enap) representantes de organismos multilaterais
(Banco Mundial, FMI etc), de países como Espanha, França Canadá, Chile e México
e de universidades do Brasil e do exterior.
O secretário executivo do
Ministério do Planejamento, Nelson Machado, afirmou que o tema se situa no
contexto maior, que é a melhoria do gasto público, questão que tem preocupado o
governo nos últimos tempos. Para Machado, melhorar a qualidade do gasto público
significa melhorar todos os tipos de gastos, entre eles o investimento, que ele
considerou "muito pequeno" nos últimos anos. "Melhorar a qualidade do gasto
público significa o compromisso imediato do governo", afirmou.
O debates
vão até a próxima quarta-feira (27), quando o ministro do Planejamento, Paulo
Bernardo e a executiva do FMI, Teresa Ter minassian encerram os trabalhos.