Dirceu diz que eleições evidenciam força do governo

O ex-ministro José Dirceu avaliou hoje, em seu blog, que a vitória de Arlindo Chinaglia (PT-SP) na disputa pela Presidência da Câmara e de Renan Calheiros (PMDB-AL) na Presidência do Senado evidenciou o enfraquecimento do PFL, a divisão do PSDB, o fortalecimento do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a consolidação da aliança entre o PT e o PMDB.

"O PFL é um partido à espera de uma reforma e de uma bandeira", analisou. "No caso do PSDB, suas divisões são evidentes, e se refletiram na disputa. Fernando Henrique Cardoso não conseguiu impor sua política, que, no passado, levou à eleição de Severino Cavalcanti (PP-PE) e, depois, à derrota de Thomaz Nonô (PFL-AL) para Aldo Rebelo, graças à correta posição do PT de apóia-lo", destacou. Entre os tucanos, de acordo com Dirceu, predominam os interesses regionais e os projetos para a eleição presidencial de 2010. "Ou seja, os tucanos ainda não se encontraram depois da segunda derrota para Lula.

Segundo Dirceu, a derrota de Aldo Rebelo (PC do B-SP), candidato apoiado pelo PSB e PC do B, também membros da base aliada, não enfraquece a coalizão. "O ex-presidente Aldo Rebelo, como havia prometido e como é de sua tradição, deu o bom combate, resistiu bravamente, merece nosso respeito", afirmou. "Não acredito que a coalizão sofrerá fissuras com a derrota da aliança PSB-PC do B, da mesma forma que não aconteceria se tivesse havido uma derrota do PT. Houve apoios da oposição, tanto para Arlindo como para Aldo, como é da natureza de disputas nas casas legislativas, salvo algumas exceções. Isso não diminui a importância, para o PT, da eleição de Arlindo Chinaglia", acrescentou.

Dirceu aproveitou ainda para ironizar a chamada "terceira via", grupo de deputados que investiu numa candidatura alternativa à Presidência da Câmara, representada por Gustavo Fruet (PSDB-PR). "A chamada terceira via não existia. Era só a oposição, travestida com um discurso moralista, bem udenista, que se desmoralizou com o caso Raul Jungmann (PPS-PE). E, no final, conquistou cem votos, que é o tamanho real da oposição na Câmara", menosprezou.

Segundo Dirceu, passada a eleição, o momento é o de unificar a base do governo e dialogar com a oposição e os governadores para aprovar projetos de interesse do País. Ele citou como exemplos as medidas do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), a reforma política, a reforma tributária e as microrreformas.

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