Dida recusa a braçadeira de capitão

Dida rejeitou nesta quarta-feira o posto de capitão da seleção brasileira, vago desde as férias de Cafu após o jogo contra a Argentina, dia 8, em Buenos Aires. O goleiro não quis muita conversa e passou a responsabilidade para Carlos Alberto Parreira. Roque Júnior ou Emerson, um deles será eleito pelo treinador para usar a tarja azul no braço esquerdo contra a Grécia, nesta quinta, em Leipzig, na estréia na Copa das Confederações.

Parreira foi quem anunciou a decisão do goleiro do Milan. Um dos mais experientes e mais velhos do grupo, Dida, de 32 anos, foi consultado pelo técnico. "Por respeito, ele seria o capitão natural. A CBF, diferente de outras confederações, não estabelece um critério para definir o capitão. Fomos ouvir o Dida e ele ponderou que não gostaria de receber tal incumbência".

O goleiro recebeu Parreira, mas se manteve firme. "Ele me disse que pelo seu jeito, temperamento pacato, não serviria para assumir o cargo. Sem o Dida, vamos resolver esta questão amanhã (quinta)", adiantou o treinador. "Sem o Cafu e o Roberto Carlos, a opção natural seria o Dida, mas ele não quis".

Roque Júnior, candidato mais forte ao posto, disse que o capitão tem importância relativa. "O capitão é aquele que usa a braçadeira, mas a responsabilidade é de todos. Temos de conversar entre nós, chamar atenção e aplaudir de acordo com a situação".

Emerson repetiu Roque Júnior. Alertou para a necessidade de um cobrar o outro e, nos momentos difíceis, um ajudar o outro. "O capitão tem as suas responsabilidades, só que não é o grande líder do time. Deve prevalecer o espírito de cooperação".

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