Desempenho positivo do MON deve ser repetido em 2005

O Museu Oscar Niemeyer (MON) fecha seu calendário expositivo com um saldo de 20 exposições realizadas em 2004, contra 11 no período de julho a dezembro do ano anterior. Do total deste ano, cinco foram oriundas de instituições internacionais e oito produções próprias do MON. Parte do resultado, baseado na apresentação de mostras de inquestionável qualidade artística, se deve a parcerias com museus nacionais e internacionais consolidados.

A expectativa da diretora-presidente do MON, Maristela Requião, é a de repetir em 2005 os mesmos resultados positivos obtidos neste ano. "O calendário para 2005 está praticamente fechado, apenas com datas de aberturas a serem confirmadas." Entre as mostras agendadas, para o início do ano, está a coleção de desenhos do paranaense Francisco Faria, um dos artistas contemporâneos mais reconhecidos no País, antecipa a responsável pelo departamento de programação, Sandra Fogagnoli.

Para o mesmo período está prevista uma grande exposição do Museu Bispo do Rosário ?Arthur Bispo do Rosário, Raimundo Camillo e José Rufino. Produzidas pelo MON, as mostras do Bispo de Rosário e uma retrospectiva completa da obra de Cícero Dias farão parte do programa Brasil ? França.
Uma coleção de gravuras do acervo do Museu de Belas Artes de Paris ?o Petit Palais- estão entre as grandes atrações internacionais para 2005. Além das mostras de Farnese de Andrade, Samico e de pinturas flamengas e holandesas, entre outras.

Flexibilidade

"Apesar do calendário de 2005 estar praticamente fechado, não quer dizer que não teremos espaços para abrigar boas exposições que possam vir a surgir. Temos 17,5 mil metros quadrados de área expositiva, o que nos dá grande flexibilidade para acomodar várias mostras e eventos simultâneos", afirma a presidente Maristela Requião.

Exemplo dessa maleabilidade são as três novas salas, localizadas na base que dá acesso ao salão principal do Olho, para exposição permanente de mostras de fotografias. Com as novas salas para exposição permanente de fotografias, Maristela Requião abre ao público a possibilidade de apreciar também essa forma de arte e aos fotógrafos a oportunidade de apresentar seus trabalhos de foto arte.

Adaptadas pelo arquiteto paulista Felipe Tassara, as salas foram inauguradas, em dezembro, com a exposição Cicatrizes ? O Iraque Um Ano Depois, do fotógrafo Anderson Schneider. A exposição poderá ser visitada até o final de fevereiro.

Outro exemplo são os três pássaros rocas, do escultor pernambucano Francisco Brennand. Os pássaros foram instalados no piso térreo, na parte posterior do museu, fazendo um contraponto com a exposição permanente do Pátio das Esculturas, posicionado um nível abaixo. Ambas as mostras são produções do MON.

Política Cultural

Nesse segmento de produção própria houve um grande avanço. Além das mostras de paranaenses, algumas de nível nacional e internacional foram inéditas. Entre elas está a mostra de obras dadaístas e surrealialistas, realizada em parceria com o Instituto Tomie Ohtake, e a exposição de obras de Oscar Niemeyer, Tomie e Franz Weissman. Somadas a outras mostras internacionais, como de Rembrandt e das tapeçarias do Petit Palais, o museu chegou a registrar, em um único domingo, mais de dois mil visitantes.

Isso demonstra que, já em 2004, se obteve resultados de contatos feitos com instituições internacionais. Como meta para 2005, a presidente do MON espera consolidar as negociações com museus do porte do MOMA e do Metropolitan, de Nova York.

Os primeiros contatos foram realizados no início de dezembro deste ano. A realização de um intercâmbio cultural entre o MOMA e o MON e a possibilidade do museu curitibano ser incluído na itinerância, pela América do Sul, da mostra do desenhista francês Gustavo Doré estão entre os planos.

"Temos nos empenhado para trazer ao público do MON o que há de melhor na arte internacional, assim como pretendemos levar para o exterior o que temos de melhor no Paraná, no Brasil", afirmou Maristela Requião. Sinal de que será mantida a política de valorização e difusão da arte paranaense, em especial, e da arte brasileira sem especificar um período distinto da história da arte.

Maristela avaliou que neste ano o MON ofereceu uma "programação de excelente nível", que abrangeu períodos distintos ?histórico, moderno e contemporâneo. "Tivemos em 2004 um ano de grandes conquistas. O museu tem hoje credibilidade e já começamos a ter o reconhecimento internacional pelo trabalho que desenvolvemos", afirmou Maristela Requião.

Serviço:
Museu Oscar Niemeyer
Rua Marechal Hermes, 999
Centro Cívico ? CEP: 80530-230
Telefone: (41) 350-4400
Horário: de terça a domingo, das 10h às 18h30h (bilheteria aberta somente até às 17h45 para venda de ingressos)
Preços: R$ 4,00 adultos e R$ 2,00 estudantes identificados
(Crianças de até 12 anos, maiores de 60 e grupos de estudantes de escolas públicas, do ensino médio e fundamental, pré-agendados não pagam)
Agendamento prévio para escolas pelo e-mail: agendamento@mon.org.br ou pelo telefone (41) 350-4418, das 10h às 18h 

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