Depois da aftosa, governo avalia impacto na balança comercial

Brasília (AE) – A balança comercial já começa a sofrer os reflexos dos embargos adotados por diversos países diante do surgimento do foco de febre aftosa em Mato Grosso do Sul. A informação é de técnicos do Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior, que deverão concluir nos próximos dias um levantamento sobre o impacto das medidas nas exportações brasileiras. Segundo eles, o fechamento dos números deste mês já deverá refletir os prejuízos com a doença.

Entre os 31 países que suspenderam as importações estão os maiores clientes do Brasil no comércio de carne, como Rússia e União Européia. De janeiro a setembro, os russos compraram US$ 406 milhões de carne bovina in natura.

O ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, juntou-se à comitiva presidencial que se encontrava hoje (16) em Roma e chega amanhã a Moscou. O governo avalia que os contatos de Furlan no mercado internacional de carne, construídos ao longo de sua carreira como presidente da Sadia, serão preciosos no trabalho de suspensão dos embargos.

Antes, porém, será preciso adotar medidas de defesa fitossanitária, o que está a cargo do ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues. Ele e Furlan têm conversado com freqüência desde o início da crise. Num segundo momento, quando a situação já estiver controlada, entra um trabalho de "relações públicas" para divulgar as providências adotadas pelo Brasil. Dessa etapa participarão Furlan e o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim. As preocupações estão centradas nos principais mercados: União Européia, Rússia e Mercosul.

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