Delegação do Quilmes passou o dia no hotel

A delegação do Quilmes teve um dia longo, nesta quinta-feira, em São Paulo. Passou todo o tempo no Hyatt Hotel, na avenida Nações Unidas, aguardando um desfecho do caso Leandro Desábato, acusado de racismo pelo brasileiro Grafite, atacante do São Paulo.

Para os jogadores foi um dia de descanso. Alguns até chegaram a fazer exercícios na sala de ginástica do hotel.

Já para os dirigentes as horas não passavam. A maioria ficou no hall do hotel, entre um café e outro, tentando encontrar uma saída para o problema criado no jogo contra o São Paulo.

Parte do grupo, no entanto, menos da metade, cumpriu o horário de retorno à Argentina, às 8 horas desta quinta-feira. O técnico Gustavo Alfaro andava de um lado para o outro, com um bloquinho de papel nas mãos, fazendo anotações. E diminuia a voz quando percebia a presença de jornalistas. Em uma rápida conversa informal, ele disse que se sentia discriminado no Brasil.

Por volta das 15 horas, Alfaro revelou à Agência Estado que, de forma alguma, o restante da delegação do Quilmes partiria de volta para Buenos Aires sem Desábato, que permanecia detido. Mas preferiu encurtar o assunto.

Os seguranças do hotel foram orientados pelo manager do clube argentino para que impedissem a aproximação dos jornalistas aos dirigentes e jogadores da equipe. O que foi cumprido.

Embora demonstrassem preocupação, os dirigentes do Quilmes não chegaram a demonstrar qualquer arrependimento ou admitiram que Desábato tinha cometido uma infração grave. Em conversas paralelas isso era sempre perceptível.

Durante todo o dia não houve nenhuma manifestação de torcedores na portaria do hotel.

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