O ministro do Exterior italiano, Massimo D’Alema, afirmou hoje que o libanês Hezbollah e o palestino Hamas não são autênticos grupos terroristas e devem ser trazidos para o cenário político. "O Hamas e o Hezbollah não são a Al-Qaeda", comparou D’Alema numa entrevista ao diário Corriere della Sera. "Além de suas bem conhecidas ações terroristas, eles têm um lado político, eles estão engajados em assistência social.
"O IRA e o ETA evoluíram de grupos terroristas para movimentos políticos", disse D’Alema, referindo-se às organizações separatistas da Irlanda do Norte e Espanha. "Temos de encorajar essa metamorfose no Oriente Médio".
"Por outro lado, organizações que são dedicadas exclusivamente ao terror têm de ser combatidas e derrotadas", acrescentou.
Tanto o Hezbollah quanto o Hamas são consideradas organizações terroristas pelos Estados Unidos. A União Européia classifica o Hamas de terrorista, mas não o Hezbollah. "Acho que o Hezbollah sofreu uma sério revés militar, mais uma razão para trabalharmos pela libertação dos reféns, pela segurança de Israel e pela paz no Líbano", frisou. Já a Síria "deve ser trazida de volta para o processo de paz, dizendo a ela que caso contrário ela permanecerá isolada".