Curitiba tem inflação de 0,79% em dezembro

Curitiba fechou o mês de dezembro com inflação de 0,79%, de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) para famílias que recebem de um a 40 salários mínimos, calculado pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes). Em comparação ao mês de novembro de 2004, estimado em 0,48%, o índice cresceu 0,31 ponto percentual.

O acumulado do ano, que eqüivale aos 12 meses de 2004, foi de 10,40%. A média nacional do IPCA, tanto para dezembro como para todo ano de 2005, só será divulgada pelo IBGE neste quinta-feira (13). O Ipardes adianta, no entanto, que a metodologia de apuração do IPC e do IPCA são diferentes.

De acordo com a diretora do Centro Estadual de Estatística, Sachiko Araki Lira, a alta do índice no mês de dezembro em relação à novembro em Curitiba foi ocasionada, principalmente, pela elevação de 1,41% nos preços de produtos/serviços do grupo transporte e comunicação. Como principais contribuições deste grupo, destacaram-se as variações de preços de: automóvel de passeio e utilitário usado (2,81%), gasolina (2,33%), serviços de telefonia residencial (2,45%), álcool combustível (-3,38%),.seguro voluntário de veículo (8,62%), passagem de avião (5,57%) e conserto de veículos (1,20%).

A diretora lembra que o item automóvel de passeio e utilitário usado foi ainda, o de maior contribuição positiva para o IPC de dezembro, que foi de 0,17 ponto percentual.

O grupo despesas pessoais teve elevação de 1,32%, ficando em segundo lugar em contribuição para o índice geral, devido as variações de preços ocorridas em: excursão turística (22,48%), ingresso para futebol (53,99%) e cabeleireiro (4,04%). Com queda, destaca-se o serviço de empregada doméstica (-0,82%).

Também com alta nos preços, o grupo habitação apresentou taxa de 0,63%, com destaque para condomínio e aluguel de moradia que variaram 1,92% e 0,69%, respectivamente. A coordenadora do projeto IPC do Ipardes, Maria Luiza de Castro Veloso, destaca ainda a baixa de preço no item energia elétrica residencial (0,46%), devido à queda no encargo de capacidade emergencial (seguro apagão).

Com alta de 0,10%, o grupo artigos de residência foi influenciado, principalmente, pela variação nos preços de: móveis para copa e cozinha, com alta de 6,63% e de móveis para sala ? estofados e mesinha, com queda de 4,73%.

Já o grupo vestuário sofreu influência do item camisa masculina, que apresentou alta de 5,55%, contribuindo para que o índice do grupo fechasse em dezembro em 1,35%.

Saúde e cuidados pessoais também sofreu alta, ficando em 1,06%, devido a alta de 2,79% e 1,40% nos medicamentos e planos de saúde, respectivamente.

O único grupo a apresentar queda em seu índice foi alimentos e bebidas (0,36%). Os produtos que mais influenciaram foram: batata ? inglesa (-25,26%), tomate (-20,38%), uva (-36,47%), farinha de trigo (-6,32%) e café em pó (-2,55%). Com alta, destaca-se almoço e jantar ? refeição, que subiu 3,28%.

A coordenadora do projeto IPC ressalta que o item batata-inglesa foi o item com maior contribuição negativa para o IPC de dezembro, tendo sido de 0,08 ponto percentual.

O Índice de Preços ao Consumidor, medido pelo Ipardes, é divulgado mensalmente e está disponível na página do Instituto na Internet, . Para o período de referência, foram coletados aproximadamente 80 mil preços de 343 produtos e serviços. 

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