A mulher mantida em cárcere privado por, aproximadamente, 22 anos pelo ex-padrasto, em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), foi obrigada pelo suspeito a ter relações sexuais com, ao menos, 30 homens desconhecidos. A informação foi confirmada pelo delegado do caso, Eduardo Kruger.

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Ele confirmou que nesta segunda-feira (22/09) a vítima prestou novo depoimento. Nele, ela teria dito que, dos seus sete anos de idade até os 14, ela teria sido abusada pelo suspeito por mais de 50 vezes.

A partir dessa idade, a jovem teria sido obrigada a ter relações sexuais com outros homens e os abusos se tornaram mais frequentes, o que torna impossível numerar quantas vezes o crime foi cometido.

Conforme informado anteriormente, as relações que o suspeito obrigava a vítima a manter com outros homens eram registradas em vídeo. De acordo com a mulher, os atos eram sempre contra a vontade dela, mas caso ela ou os homens que ela se relacionava demonstrassem falta de prazer, o suspeito a agredia.

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Segundo a PCPR, recentemente, o homem também começou a proibir a mulher de tomar anticoncepcional. A vítima relatou que o desejo dele era que ela engravidasse de outro homem e que o bebê fosse uma menina para que ele tomasse “posse” dela. A suspeita da polícia é de que seria para fins sexuais.

Nesta segunda (22), conforme o delegado, a polícia apreendeu objetos que o suspeito utilizava ou fazia outros homens utilizarem na vítima durante os abusos. O homem continua preso desde a última terça-feira (16/09).

Relembre o caso

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Um homem de 51 anos é investigado pelos crimes de estupro, cárcere privado e perseguição contra uma mulher, de 29 anos. Ele é ex-padrasto da vítima. Durante 22 anos, a mulher sofreu abusos constantes, agressões físicas e psicológicas. Além disso, era monitorada por câmeras instaladas na residência e controlada pelo celular.  

Conforme apurado pela Polícia Civil do Paraná (PCPR), o homem começou os crimes quando ela tinha sete anos. Aos 16, a menina foi forçada a se casar com ele após engravidar.

O delegado informou que o acusado teve três filhos com a vítima. A prisão aconteceu após a mulher conseguir fugir, alegando que iria a um posto de saúde com as crianças.

Durante o registro da ocorrência, ela recebeu mais de 30 ligações e mensagens de áudio em tom de ameaças. Ele foi preso em casa. Até o momento, nenhum nome foi divulgado oficialmente.