Três homicídios em cerca de quatro horas em Curitiba

Três pessoas foram assassinadas num intervalo de quatro horas, entre a noite de domingo e madrugada de ontem, em Curitiba. Os crimes aconteceram em Santa Felicidade, na Cidade Industrial e no Novo Mundo. Todos os casos estão a cargo da Delegacia de Homicídios (DH).

O último crime foi registrado por volta de 1h, na Rua Felinto Bento Viana, Novo Mundo. Evaldo Ferreira Alves da Cruz, 18, foi executado com sete tiros, perto de uma cancha esportiva. O garoto foi atingido na barriga, nádegas, ombro e braço. No loca, o perito Elmir, do Instituto de Criminalística, recolheu duas munições de calibre 32.

A mãe da vítima relatou a investigadores da DH que Evaldo era usuário de droga e praticava furtos para sustentar o vício. Evaldo vinha sendo ameaçado de morte, conforme contou a mãe dele à polícia, que não tem informação sobre autoria do crime, mas acredita que o motivo pode estar relacionado à sua vida pregressa. Ele foi suspeito de participar de um homicídio, no ano passado, em Fazenda Rio Grande.

Simultâneos

O outros dois homicídios ocorreram quase simultaneamente. O primeiro, por volta de 21h de domingo, no Jardim Pinheiros, em Santa Felicidade. Natal Manoel de Oliveira, 39 anos, foi assassinado com tiros na cabeça, na Avenida Doutor Eugênio Bertolli.

Testemunhas disseram ter visto um Celta preto, com os faróis apagados, ocupado provavelmente pelos assassinos. Só depois que o veículo se afastou do local é que os faróis foram acesos.

Cerca de meia hora depois, na Rua Edenilza de Jesus Santiago, transversal à Rua Desembargador Cid Campelo (CIC), Eduardo Porto, 19, foi executado com cinco tiros. Investigadores da Delegacia de Homicídios não encontraram testemunhas. O irmão da vítima afirmou que Eduardo não era usuário de droga e desconhecia se ele tinha desavença com alguém.

Amigos

No entanto, a morte de Eduardo pode estar relacionada com o assassinato de André Augusto Flauzinho, 26, ocorrido no início da madrugada de domingo, num bar daquela mesma rua, na Vila Barigui. Um conhecido da família disse que os dois rapazes eram amigos. Por conta disso, podem ter sido mortos pelos mesmos marginais.