Cuidados!

Taxa de transmissão em Curitiba sobe e secretária apela: “Não é hora de se encontrar”

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Foto: Átila Alberti/Tribuna do Paraná.

Márcia Huçulak, secretária de saúde de Curitiba, alertou que a população está colhendo, nesta semana, os frutos de suas atitudes semanas atrás. Segundo ela, a taxa de transmissão da covid-19 aumentou para 1,31 em Curitiba e, por isso, segue a orientação dada desde o começo da pandemia: use máscara, mantenha o distanciamento social e use álcool gel.

“As medidas restritivas impactam pra frente, não nesse momento. Temos ainda um grande número de pacientes graves chegando às nossas UPAs e hospitais. Estamos colhendo o resultado das atitudes que pessoas tiveram 15 dias atrás. Os sintomas demoram pra aparecer e muitos nem testam mesmo sendo sintomáticos”, explicou Márcia Huçulak, em entrevista ao telejornal Meio Dia Paraná, da RPC, desta sexta-feira (05).

Segundo dados da prefeitura de Curitiba, a taxa R, que mede a transmissão da covid-19 em Curitiba, saltou para 1,31. Ou seja, cada 100 contaminados passar a doença para até 131 outras pessoas.

Medidas restritivas estão funcionando?

Huçulak explicou que o resultado das medidas devem aparece apenas nos próximos dias, mas ela lamenta a grande quantidade de pessoas em circulação na cidade. “Teve uma diminuição do fluxo, mas infelizmente muitas pessoas ainda circulando. Faço um apelo para as pessoas que buscam os serviços de saúde. Fazer check-up? Não é a hora. Todas as equipes estão focadas nos casos de covid-19. Não é a hora pra fazer checagem de saúde, ver lesão ou alergia. Fique em casa”, apelou a secretária. Em caso de dúvidas, as população deve buscar a central telefônica da prefeitura, através do (41) 3350-9000. “Quanto menos gente circular, mais teremos sucesso”, reformou.

Jovem, tenha cuidado!

O aumento na internação de jovens preocupa a secretária. Segundo ela, a faixa etária que está sendo atingida é a dos jovens. “Tivemos um aumento exponencial de internação. Está nos preocupando os casos na população de 30 a 50 anos, que não tinha tanta internação. Nossa média de internação em novembro era de 18 pessoas na faixa de 30 a 45 anos. Atualmente pulamos para 91 pessoas por dia”, alertou.

Fica, portanto, a recomendação mais uma vez. “Não é hora de fazer churrasco, se encontrar com pessoas que são do seu convívio familiar. Sintomático respiratório ligue para nós, que todas as orientações serão repassadas”, finalizou.