Vandalismo

Suspeito de retirar e atear fogo na Bandeira do Brasil em protesto é pego pela PM

Foto: Gerson Klaina/Tribuna do Paraná

Foi apreendido na tarde desta quarta-feira (3) um adolescente de 16 anos suspeito de ter retirado e ateado fogo na bandeira do Brasil do mastro do Palácio Iguaçu, no Centro Cívico, em Curitiba, no dia do protesto contra o racismo que terminou em vandalismo na capital. De acordo com a Polícia Militar (PM), o jovem estava em casa, no Cajuru, de posse de restos rasgados e queimados da bandeira. A ação da polícia ocorreu por volta das 13h, após o recebimento de denúncias de que o responsável pelo ato contra o símbolo nacional seria morador daquele bairro. O suspeito foi encaminhado para a Delegacia do Adolescente de Curitiba.

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A PM informou que realizava buscas para encontrar o responsável pela destruição da Bandeira do Brasil, desde o dia do protesto, ocorrido na noite de segunda-feira (1º). Segundo o tenente Eduardo Kendi, da Rondas Ostensivas de Natureza Especial (Rone), o pai do adolescente acompanhou o procedimento policial na casa do jovem. “Ele estava de posse de parte da bandeira que foi retirada do mastro do Palácio. Parte da bandeira estava rasgada e queimada. Nós o encaminhamos para a delegacia com o conhecimento do pai”, disse Kendi.

A PM informou que o adolescente foi conduzido à delegacia para explicar a sua versão do que ocorreu no dia do protesto. Ainda segundo a PM, imagens de segurança do dia do protesto estão sendo analisadas para auxiliar na identificação de outros suspeitos. “A sequência da investigação deve ficar ao encargo da Polícia Civil”, informou Kendi. Ainda não há confirmação se o suspeito pertence à organização do protesto.

Prejuízo

A troca da bandeira no Palácio Iguaçu também gerou prejuízo ao cofre público de R$ 1,7 mil. O maior símbolo da pátria ficou totalmente destruído e precisou ser substituído na terça-feira (2). As bandeiras medem 6,30 m por 9 m e são confeccionadas em nylon, com reforço para suportar as condições do clima como sol, chuva e vento.

Movimento negro

Nesta mesma tarde de quarta-feira, representantes do Movimento Negro Organizado de Curitiba fizeram a entrega simbólica de uma bandeira nacional ao chefe da Casa Militar do Governo do Estado, tenente-coronel Welby Pereira Sales. O ato, acompanhado pela Superintendência Geral de Diálogo e Interação Social (Sudis), teve como objetivo repudiar a ação de vandalismo que queimou a Bandeira do Brasil do Palácio Iguaçu.

Em um texto no site do Centro Cultural Humaitá, os ativistas negros esclarecem que os atos de vandalismo não correspondem à pauta do movimento e que foram feitos à revelia da organização da Marcha Antirracista. “Nossa preocupação hoje é resgatar os símbolos de igualdade. Queremos romper com a ideia de que o movimento negro é violento. O racismo e o preconceito que são violentos”, disse o professor Célio Jamaica.

Nova bandeira foi hasteada no Palácio Iguaçu. Foto: Ari Dias/AEN

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