Cajuru

Quarteto armado abre fogo dentro de confeitaria

Clientes de uma confeitaria no Jardim Acrópole, Cajuru, lanchavam durante a tarde desta quinta-feira (25) quando, por volta das 15h, quatro homens chegaram em um Gol branco e começaram a disparar na direção das mesas. Altamir de Souza, 35 anos, que estava dentro do estabelecimento, ao lado de uma criança, foi alvejado três vezes e morreu perto do balcão. Roberto Carlos de Oliveira Souza, 37, foi ferido no punho e na barriga e saiu correndo pela Rua Rutildo Pulido, e atravessou a ponte na divisa com Pinhais.

Ele só parou cerca de dez quadras adiante, na Rua Rio Paranapanema, Jardim Weissópolis. Pediu socorro para alguns moradores e logo uma ambulância do Samu chegou para atendê-lo. Roberto foi medicado e levado ao Hospital Cajuru, fora de risco. Foram encontradas mais de 15 cápsulas de pistola calibre 40 dentro da confeitaria.

De acordo com policiais do 20.º Batalhão, Roberto tem passagens pela polícia, mas não foi informado o motivo. Para os guardas municipais, que chegaram primeiro a confeitaria, ele provavelmente era o alvo do quarteto armado. Porém, em conversa com os médicos da ambulância, Roberto teria dito que os assassinos estavam atrás de Altamir e que sobrou tiro para ele simplesmente por estar na confeitaria.

“Estávamos em uma rua próxima e quando ouvimos os tiros, corremos para ver o que era. Chegamos à confeitaria e nos deparamos apenas com o corpo do Altamir, sem vida. Ele era morador da região e até onde sabemos, nunca foi preso nem tinha problemas na vila”, relatou o supervisor Oliveira, da GM.

Familiares e vizinhos de Altamir confirmaram que ele era uma pessoa respeitada e envolvida na comunidade. “Ele vendia redes e de tarde parava na confeitaria para fazer lanche. Conversamos pela última vez no almoço. Ele morava há uma quadra de onde foi morto. Estava no local errado, na hora errada”, definiu um amigo da vítima, que pediu para ser identificado apenas como César. Ele estava ao lado de algumas mulheres, parentes de Altamir, que ficaram inconsoláveis com a notícia.

Policiais da Divisão de Homicídios de Proteção à Pessoa (DHPP), estiveram na confeitaria e conversaram com testemunhas. Eles também ouviram familiares de Altamir e ao final da perícia, foram até o Hospital Cajuru, para ouvir a versão de Roberto. Apesar de haver vários estabelecimentos comerciais perto do local do crime, nenhum tinha câmera de segurança e a identificação dos homicidas deverá ser baseada apenas nos testemunhos, segundo os policiais.

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