Revolta

Protesto contra Bolsonaro neste sábado em Curitiba. Organizadores prometem cuidados contra covid-19

Bolsonaro disse que não conseguiu fazer a atualização no ano passado por conta dos gastos emergenciais do governo com a crise da covid-19. Foto: Marcos Corrêa/Agência Brasil.

Curitiba vai ter neste sábado (29), às 16h, na Praça Santos Andrade, manifestação contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Além da capital, Foz do Iguaçu, Cascavel, Ponta Grossa e Maringá estão entre as cidades paranaenses com protestos. No Brasil, estão programados eventos para 85 municípios. Entidades sindicais, estudantis e movimentos sociais irão pedir o impeachment de Bolsonaro, a volta do auxílio emergencial de R$ 600, a ampliação das vacinas disponíveis, o fim da violência contra a população negra e a suspensão de cortes de verbas na Educação, das privatizações e da reforma administrativa.

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Nas últimas semanas, vários grupos de oposição se dividiram sobre os riscos dos atos acabarem agravando a propagação da covid-19. No entanto, a decisão por organizadores foi de realizar a manifestação alertando para o uso de máscara, álcool em gel e distanciamento.

Larissa Souza, 23 anos, presidente da União Paranaense dos Estudantes (UPE), reforça que o protesto é pacífico e que a ideia é mostrar para a sociedade os graves problemas que país está enfrentando. “Cortar bolsas de estudantes e incentivo à pesquisa em um momento de pandemia é revoltante. As universidades irão fechar e os estudantes irão desistir. Chegou o momento de ir para as ruas! É um desespero grande e a realidade que o governo está matando mais que o vírus”, disse a estudante.

Trajeto e Reunião com a PM

De acordo com a presidente da UPE, uma reunião na quinta-feira (27) ocorreu no Batalhão da Polícia Militar no bairro Santa Quitéria, em Curitiba. Na conversa, organizadores informaram para as autoridades o trajeto que vai se seguido pelas ruas, caso tenha um grande volume de pessoas na manifestação.

“Se tivermos um número bom de pessoas, vamos seguir pela João Negrão até a Marechal Deodoro. Aí pegamos a Marechal Floriano e seguimos até a Rua XV, ponto tradicional dos nossos atos. Mandamos ofício para os responsáveis pelo trânsito e pedimos para que as pessoas venham com a máscara PFF2 e tragam álcool gel. Conseguimos 300 máscaras que serão distribuídas para garantir a segurança de todos e uma comissão foi criada para cuidar do distanciamento dos participantes”, avisou Larissa.