A prefeitura de Curitiba anunciou que, a partir de sábado (15), mais duas linhas de ônibus passarão a ter pagamento exclusivo por cartão. Já faz um ano que a Urbs vem implantando a opção de pagamento com cartões de débito e crédito no transporte coletivo da capital, junto com outras formas de pagamento.

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A novidade trouxe praticidade e mais segurança para o usuário, já que reduziu a circulação de dinheiro. Porém, como nem tudo são flores, houve também muita reclamação. Em sites como o Reclame Aqui e nas redes sociais, as principais ocorrências são sobre bloqueios e, segundo usuários ouvidos pela reportagem, cobranças indevidas. Justamente para esclarecer o funcionamento do sistema e orientar os usuários, a Urbs deve lançar uma cartilha, em breve.

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No início do mês de março deste ano, uma enxurrada de reclamações nas redes sociais levou o Departamento Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-PR) a notificar a Urbs sobre os vários casos de bloqueio da opção crédito e débito. Cláudia Silvano, chefe do Procon-PR, disse que houve uma reunião com a Urbs para tratar do tema. A explicação da Urbs para as ocorrências foi que o sistema de cobrança é offline, ou seja, demora algum tempo para os débitos serem processados.

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Desta forma, caso a cobrança seja feita em uma conta sem saldo, o sistema vai fazer outras duas tentativas, nos próximos 15 dias. “O que acontece é que, quando o sistema não encontra saldo em nenhuma das vezes, o cartão é bloqueado. Mas isso ninguém sabia”, explica Cláudia Silvano.

A chefe do Procon-PR alerta, também, que essa demora no processamento, e várias tentativas de cobrança, geram faturamentos longe da data da utilização, quando o usuário nem lembra mais do que se trata.

Solução

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Na reunião, segundo a Claudia Silvano, para solucionar o problema a Urbs se comprometeu a fazer uma divulgação detalhada de como funciona o bloqueio da utilização dos cartões de débito e crédito no transporte coletivo por falta de saldo e também a informar os débitos atrasados ao usuário.

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De acordo com a pasta, o número de questionamentos sobre o assunto representa cerca de 0,01% das cerca de 900 mil utilizações de cartões de crédito e débito no sistema por mês.

A promessa é de que o material deve ser distribuído em breve, em formato de perguntas e respostas, com linguagem fácil de entender.

Veja a explicação da Claudia Silvano para a Tribuna

Balanço

Procurada, a Urbs informou que, desde que começou, em 18 de março de 2022, a opção de pagamento em débito e crédito foi utilizada em 7,4 milhões de viagens. Este número representa 9% dos pagamentos efetuados no período.

Uma das desvantagens desta modalidade é o acréscimo de R$ 0,13 na tarifa. Cobrança que, de acordo com o Procon-PR, é legítima. “Como existem outras opções de pagamento, o custo operacional pode ser cobrado do usuário”, afirma Claudia Silvano. As opções mencionadas por ela são o cartão avulso, o cartão usuário e dinheiro.

Apesar dos centavos a mais, a taxa parece não ser um problema para quem usa esta modalidade. Na tarde desta quarta-feira (12), a reportagem da Tribuna conversou com cerca de 20 passageiros que estavam na Estação Tubo Central, no Centro.

Entre eles, cinco utilizaram o cartão de débito para pagar a tarifa e nenhum deles se mostrou incomodado com o valor extra. É o caso da estudante Graziele, que prefere utilizar o débito por ser mais prático e seguro, mesmo sendo um pouco mais caro. “Compensa pela praticidade”, comentou.

Para os passageiros que utilizam o cartão transporte (da Urbs) como meio de pagamento, quando perguntados se consideravam correta a cobrança a mais na outra modalidade do crédito ou débito, se mostraram contra. “É pouco, mas para quem pega ônibus todo dia, se somar, no fim do mês, é bastante”, afirmou outro estudante que não quis se identificar.

Já os outros que disseram utilizar o cartão de débito ou crédito afirmaram ser usuários esporádicos do transporte público.

Formas de pagamento

Para quem recebe o vale-transporte da empresa em que trabalha, o acesso ao transporte coletivo da capital não parece ser muito complicado: carrega o cartão no terminal, passa no leitor e pronto. Mas já pensou para quem não mora em Curitiba, não usa o ônibus frequentemente e não possui cartão de débito ou crédito?

Para esses usuários, existem três opções:

Conforme as informações divulgadas na página da Urbs, a primeira é pagar a passagem com dinheiro, nas estações tubos e terminais. Porém, fora desses locais, muitas linhas de ônibus não aceitam esta forma de pagamento.

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A segunda é comprar o cartão avulso. Ele é destinado aos usuários não cadastrados na Urbs e são vendidos em postos autorizados ou credenciados pela instituição. Eles podem ser encontrados em várias bancas do centro da cidade e nos principais terminais de ônibus. Este cartão custa R$ 7 e pode ser carregado com até 25 créditos. O carregamento pode ser feito nos terminais, postos credenciados, internet, whatsapp e aplicativo. Após o uso, pode ser descartado.

O terceiro é o cartão usuário. Mais indicado para residentes fixos, por precisar de agendamento e comprovante de residência. É um documento pessoal, intransferível e não é descartável. O primeiro é feito gratuitamente, após cadastro em um dos postos de atendimento da Urbs. Para adquirir, é preciso fazer o agendamento no site da instituição e, no dia e hora marcados, apresentar documento de identificação original e comprovante de endereço residencial. No caso de menores, o cartão pode ser solicitado pelos pais ou responsável legal, apresentando documento de identificação original com foto de ambos.

Em caso de dúvidas, o usuário pode consultar o site da Urbs.

Caso haja reclamações, é possível acessar o site do Procon-PR.

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