Piraquara

Presos ferem dois agentes penitenciários na PEP 1

Dois agentes  penitenciários foram agredidos por presos, por volta das 13h30 de sexta-feira (13), dentro da Penitenciária Estadual de Piraquara (PEP 1). Um deles foi ferido de raspão por uma faca improvisada (estoque), mas ambos conseguiram escapar e não tiveram ferimentos graves. Os dois agentes prestaram queixa na delegacia de Piraquara e seguiram para exame de corpo de delito no Instituto Médico-Legal.

A agressão aconteceu quando os agentes entregavam as marmitas na sétima galeria. Como é necessário que algumas portas sejam abertas para a entrada da alimentação, alguns presos partiram para cima dos dois agentes. Um deles levou uma estocada de raspão. Os dois conseguiram escapar e a confusão foi rapidamente controlada.

De acordo com outros agentes, os presos tentam pressionar a direção da unidade para liberá-los do castigo que já dura uma semana e meia. Terça-feira da semana passada, em represália a uma ação mais enérgica da Polícia Militar dentro da unidade, que revistou as celas, os presos pegaram um agente penitenciário e o agrediram violentamente a socos e com uma estocada na orelha que por pouco não perfurou olho ou outro órgão.

Tranca

Depois da agressão, a Secretaria da Justiça acatou o pedido dos agentes de manter os presos “na tranca”, como dizem na gíria das cadeias. Eles são mantidos em tempo integral dentro das celas, sem direito a banho de sol, visitas, recebimento de sacolas de mantimentos, entre outros benefícios. Eles somente são liberados para audiências em Fóruns e em casos graves de saúde, que necessitam de atendimento.

Agentes relataram que, ontem, foi difícil entregar alimentos aos detentos, que jogaram café e pedaços de sabonetes nos funcionários. Depois da agressão desta sexta-feira, a Polícia Militar foi chamada e ajudou a fazer revista em toda a galeria, para apreender estoques.

PM

A condição dos agentes penitenciários para que as atividades voltem todas ao normal dentro da PEP é que a Polícia Militar ajude a fazer a segurança interna da unidade, já que o Batalhão de Polícia de Guarda só é autorizado a atuar na segurança externa ao presídio. O pedido foi feito oficialmente em reunião entre a Seju e a Secretaria da Segurança Pública (Sesp), na quarta-feira da semana passada. Ontem, a assessoria da PM informou que os dois coronéis que estão resolvendo este assunto não estavam no quartel e, por isso, não era possível passar um posicionamento.