Clima tenso

Presos da Penitenciária Central se rebelam

Cinquenta presos que chegaram da Penitenciária de Maringá, na quinta-feira, criaram um tumulto dentro da Penitenciária Central do Estado (PCE), na tarde de ontem. Um agente foi mantido sob a guarda dos presos, até que a reivindicação deles fosse atendida. Eles pediam o retorno à Penitenciária de Maringá. O agente só foi liberado à noite, quando os detentos receberam garantias que seriam transferidos.

Segundo a Secretaria Estadual da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (Seju), a confusão começou por volta das 15h, quando o agente fazia a verificação de praxe nas celas e foi segurado pelos presos. A Seju preferiu não usar o termo refém, por os presos não estarem armados e não machucarem o funcionário. Apesar do grupo vindo de Maringá ser composto por 50 presos, apenas seis deles lideravam o tumulto.

Confusão

Segundo a Seju, o descontentamento dos presos se deu por uma confusão feita pela Justiça de Maringá, que solicitou o esvaziamento da carceragem do 9.º Distrito Policial da cidade, que estava lotada. Em vez de mandar os presos do distrito para Piraquara, eles foram levados à Penitenciária de Maringá. Assim, outros 50 presos, que já cumpriam suas penas nessa penitenciária foram transferidos para a PCE. Eles estavam descontentes, principalmente, por ficaram longe de suas famílias, sem a possibilidade de receber visitas e sacolas com roupas e mantimentos.

A negociação foi intermediada por policiais militares do Comando de Operações Policiais Especiais (COE). A Seju decidiu acatar o pedido dos presos e o termo de transferência foi assinado pelo juiz da Vara de Execuções Penais. Os presos mantiveram o agente penitenciário sob custódia até o documento ser mostrado a eles. A maioria das transferências deve acontecer na segunda-feira.