R$ 10 mil

Policiais presos por tortura pagam para ficar livres

Auxiliados por doações de familiares e colegas, os sete policiais civis que ainda estavam detidos, acusados de tortura contra quatro suspeitos de matar Tayná Adriane da Silva, 14 anos, conseguiram pagar fiança e deixaram a Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV), ontem (31), por volta das 19h, depois de 105 dias encarcerados. Desde segunda-feira a juíza Aline Passos, da 1.ª Vara Criminal de Colombo, havia revogado a prisão preventiva dos policiais por reconhecer excesso de prazo e estipulou fiança de R$ 10 mil, entre outras medidas cautelares.

Somente o delegado Silvan Rodney Pereira e um policial militar tinham pago o valor exigido pela Justiça. “Se dependessem de recursos próprios, estes policiais ficariam presos por muito mais tempo. Antes que conseguíssemos uma saída por meios jurídicos, parentes e vários policiais civis se juntaram para pagar pela liberdade deles”, declarou o advogado André Romero, que também defende o delegado Silvan e outros dois policiais que foram soltos anteriormente.

Os investigadores de polícia Haggi Micheletti Abdul, Rudi Eloi Pratto, Wesley Muller da Luz, Ronaldo Foggiatto, Silas Gilmar Ferreira de Miranda, Thalles Pedro Kuroski e Jair Paulino da Silva foram recebidos por familiares que aguardavam na porta da DFRV, na Vila Izabel.