Igreja católica

Renato Freitas, que pode perder mandato por protesto em igreja, vai se encontrar com Papa Francisco

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Foto: Rodrigo Fonseca/CMC

O vereador Renato Freitas (PT), que passa por um processo de cassação de mandato na Câmara de Curitiba, por conta de uma acusação de quebra de decoro parlamentar, tem um encontro marcado com o Papa Francisco, líder da Igreja Católica, em setembro. A razão do processo de cassação é um protesto em que ele participou realizado dentro da Igreja Nossa Senhora do Rosário, no Largo da Ordem, em Curitiba.

Freitas foi eleito vereador de Curitiba com 5097 votos nas eleições de 2020, mas pode perder o mandato por perturbação de culto religioso e realização de manifestação política no interior da Igreja do Rosário, em 5 de fevereiro, durante protestos contra a morte violenta de dois homens negros. Nesta quinta-feira, por 23 votos a 7 (com uma abstenção), os vereadores da Câmara Municipal de Curitiba decidiram, novamente, pela cassação de Freitas. A segunda votação ocorre nesta sexta-feira (05).

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Os advogados de defesa de Renato Freitas destacaram que a igreja, que seria vítima, acolhe o vereador.

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Papa Francisco deve encontrar com o vereador Renato Freitas em setembro.
Papa Francisco deve encontrar com o vereador Renato Freitas em setembro. Foto: Reprodução/Instagram.

E aí, Renato Freitas?

Nesta quinta-feira, após a primeira votação da cassação do mandato, Freitas se defendeu.

“Não houve interrupção de missa e as imagens comprovaram isso, a missa já havia acabado. Não houve invasão, já que as portas estavam abertas, não houve desrespeito ao local sagrado, tanto que o padre disse isso. Importante frisar que o próprio padre Luis Hass esteve em uma manifestação em prol do nosso mandato. E sobrou apenas essa acusação que fazem contra mim que eu tenha cometido um ato político dentro da Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos. E a nossa principal tese é: a construção desta igreja já foi um ato político, pois foi uma irmandade negra que construiu uma igreja afim de conquistar a liberdade e o direito a vida numa época de escravização”, disse o vereador Renato Freitas ao final da votação desta quinta-feira.