Uma operação conjunta do Instituto Água e Terra (IAT) e do Batalhão de Polícia Ambiental – Força Verde resultou na apreensão de 288 quilos de palmito-juçara industrializado sem registro de inspeção ou rotulagem adequada. A ação aconteceu no último fim de semana em Campina Grande do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC).

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Ao todo, foram apreendidas 64 caixas de papelão contendo 960 vidros do produto ilegal, além de três caixas com 2.700 tampas metálicas utilizadas no envase. O responsável foi multado em R$ 86,4 mil e responderá criminalmente pela infração. Tanto a carga quanto o veículo permanecem apreendidos para as providências legais.

A fiscalização aconteceu depois de denúncia anônima recebida pelo Escritório Regional de Curitiba do IAT, que alertava sobre a retirada ilegal do produto da região do Parque Estadual das Lauráceas, em Adrianópolis, também na Grande Curitiba.

Segundo o Auto de Infração Ambiental, os vidros de palmito apresentavam litografia em desacordo com o artigo 9º da Instrução Normativa nº 05/2005 do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), configurando infração administrativa e ambiental.

Apreensão: palmito-juçara é espécie ameaçada

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O palmito-juçara é nativo da Mata Atlântica e consta na lista de espécies ameaçadas de extinção (Portaria MMA nº 148/2022), contando com regras rígidas para proteção. A Lei da Mata Atlântica permite o manejo apenas mediante autorização do órgão ambiental competente, sendo que o transporte sem licença constitui infração prevista no Decreto Federal nº 6.514/2008.

O IAT reforça que o consumo responsável é fundamental para a preservação da espécie. Ao comprar palmito, o cidadão deve verificar se o produto possui rótulo, registro de inspeção e origem legal, evitando assim financiar a exploração clandestina e contribuindo para a conservação da Mata Atlântica.

Como denunciar crimes ambientais no Paraná

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As denúncias são essenciais para o monitoramento ambiental. Para registrar ocorrências, o cidadão deve procurar o serviço de Ouvidoria do IAT ou os escritórios regionais, informando a localização e os acontecimentos de forma objetiva e precisa. Quanto mais detalhes sobre a ocorrência forem fornecidos, melhor será a apuração dos fatos e mais rápido será o atendimento pelas equipes de fiscalização.