Obras da Prefeitura de Campo Largo forçam famílias a sair de casa, para a construção de uma estrutural do novo plano diretor da cidade. A advocacia do município afirma que todas as áreas desocupadas foram indenizadas, mas a maioria das famílias não possui escrituras das terras. Um problema que atinge todo o município.
Neusa Aparecida Kleina mora há 17 anos na mesma casa diz não ter para onde ir com seu filho. A ordem para a desocupação do terreno já foi expedida pela Justiça, porém o cumprimento do mandado ainda não foi realizado. Neusa afirma que o valor da indenização, de R$ 47 mil, não dá para comprar um terreno nas mesmas dimensões.
Ação
Segundo a advocacia do município, basta Neusa entrar com uma ação de revisão do valor. Caso o juiz determine uma nova indenização, ela será paga imediatamente.
“Temos todos os documentos necessários para despejá-la, mas só faremos isso quando ela encontrar uma nova moradia”, promete Silvio Seguro, advogado do município. Segundo o advogado, aproximadamente 90% das terras do município não são legalizadas.
As obras estão paradas justamente no trecho de Neusa. Os vizinhos já foram indenizados, porém, nenhum deles pode sacar o dinheiro, pois faltam documentos.
A reclamação dos moradores é que não foram avisados sobre a construção da rua. No entanto, Seguro afirma que todos os interessados foram convocados pelo prefeito para uma reunião e a única que não concordou com a proposta foi Neusa.