Morreu em 2017

Mulher acusada de matar marido policial em Curitiba é julgada; Crime chocou!

Imagem mostra Franciele Carolina Moscaleski, acusada de matar o marido
Franciele Carolina Moscaleski foi condenada por matar o marido em 2017. Foto: Arquivo

Teve início na segunda-feira (07), o júri popular de Francielle Carolina Moscaleski, acusada de matar o marido, o policial militar Cassio Ormond Araújo. O crime ocorreu em 2017, no bairro Tarumã, em Curitiba. 

Francielle foi denunciada pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) por alteração na cena do crime e homicídio qualificado, podendo ser condenada a 32 anos de prisão. Atualmente, Francielle estava em liberdade.

O júri popular é composto por seis mulheres e um homem. No primeiro dia, o perito, o delegado responsável pela investigação e uma policial que trabalha com Cássio foram ouvidos.

Para esta terça-feira (08), a ré vai ser ouvida e vai ocorrer o debate entre a acusação e defesa que pode levar cinco horas. A Ministério Público acredita na condenação pelos dois crimes; já a defesa relata está confiante em uma decisão justa e verdadeira dos fatos. Uma reconstituição do caso chegou a ser feita pela Polícia Civil para tentar descobrir detalhes do crime.

Imagem mostra Franciele na reconstituição do crime
Francielle Carolina Moscaleski participou da reconstituição do crime. Foto: Arquivo

A morte de Cassio Ormond Araújo

O crime aconteceu na noite do dia 23 de julho de 2017, na residência do casal, no bairro Tarumã, em Curitiba. A primeira informação era de que o policial Cassio Ormond de Araújo teria se suicidado, com um tiro na cabeça, mas a perícia no local do crime e o exame de necropsia, feito pelo Instituto Médico-Legal (IML), descartou essa possibilidade. A esposa do policial foi presa um dia depois, ainda em flagrante, e acabou confessando o assassinato, mas disse que a arma disparou sozinha enquanto ela manejava a pistola ponto 40.

Imagem mostra o policial militar Cassio Ormond Araújo morreu após levar um tiro na cabeça.
O policial militar Cassio Ormond Araújo morreu após levar um tiro na cabeça. Foto: Arquivo.

Com a investigação, a polícia concluiu no inquérito que essa primeira versão não batia. “E o que nós concluímos é que não foi acidental, por dois fatores: ela tinha experiência de tiro e com o manejo de arma. Entendemos que, pela forma em que o disparo atingiu a cabeça da vítima, era essa a intenção de Franciele. Por isso, a teoria de disparo acidental não nos convenceu”, disse na época o delegado Fábio Amaro, da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Após ser presa, Francielli confessou relatou que atirou por legítima defesa, pois teria sido estuprada e agredida, mas exames não apontaram essa situação. Além disso, a ré passou a alegar que confessou o crime porque estava sob efeito de remédios. Mas o exame de sangue feito não encontrou vestígios de álcool e drogas, muito menos de medicamentos antidepressivos, anticompulsivos, neurolépticos e benzodiazepínicos, ou seja, nada que pudesse alterar o estado de consciência da acusada.

Um mês depois da morte de Cássio, a Justiça concedeu liberdade ao comunicar que ela não poderia mais interferir nas investigações.