Absurdo

Motor pode ter motivado morte de família no Tatuquara

O caso da família assassinada no Tatuquara, na última quarta-feira (06) parece ter sido desvendado. Segundo as apurações da polícia, os dois vizinhos das vítimas são os principais suspeitos de ter comentido o crime. A motivação para a barbárie teria sido uma dívida de R$ 100 por conta de um motor velho encontrado em um lixão.

Um dos suspeitos foi preso na tarde de ontem (07). Ele será apresentado na Delegacia de Homicídios hoje, às 10h30, e de acordo com os investigadores que fizeram a prisão, é conhecido da polícia e foi preso anteriormente com uma arma de fogo. O irmão, que está foragido, é procurado pela polícia por outro homicídio. A identidade e a foto dele também devem ser divulgadas hoje.

Portas

Conforme as investigações, chefiadas pelo delegado Danilo Zarlenga, da DH, os dois interromperam o descanso das vítimas com vários tiros. A residência fica na área de invasão conhecida como Vila Sapo, à margem da Rodovia do Xisto, próximo ao quilômetro 147. Um vizinho contou para a polícia que saiu para ir à igreja, por volta das 19h30, e quando voltou, às 23h, encontrou a porta da casa aberta e as luzes apagadas.

Ele estranhou o estado da residência, já que a família sempre permanecia com as portas trancadas. Quando se aproximou, encontrou todos mortos e avisou a Polícia Militar. João Carlos Sholz, 44 anos, jantava, Marta Maia, 43, e o filho Anderson Maia da Rocha, 24, assistiam televisão quando foram mortos. Pai e filho levaram dois tiros na cabeça.

Drogas

Perto da casa existe uma espécie de lixão onde constantemente se acumula entulho. Dias atrás, João Carlos e Anderson encontraram um motor velho de caminhão. Os irmãos teriam roubado a peça e trocado por drogas. “As vítimas passaram a cobrá-los todos os dias, exigindo R$ 100, já que não teriam o motor de volta. Após várias cobranças, receberam tiros em vez de dinheiro”, descreveu Danilo.

Ele acredita que o objetivo não era executar todos os integrantes da família, mas apenas João Carlos. “Para não deixar testemunhas, tornaram o crime ainda maior. Felizmente é um caso praticamente solucionado”, comentou o delegado.