Só transtorno!!

Moradores “comemoram” um ano de bloqueio em viaduto de Curitiba; Cadê a solução?

aniversário de um ano da obra da ponte no bairro Alto Boqueirão, em Curitiba
Faixa "comemorava" a triste data de enrolação da obra em Curitiba. Foto: Reprodução/Redes Sociais.

Parabéns pra você, nesta data querida, muitas felicidades e muitos anos de vida. Essa linda canção poderia ser entoada com um belo bolo pela comunidade do Alto Boqueirão, em Curitiba. No entanto, nada de festa, pois o momento é de cobrança devido à interdição de uma ponte que deixou o comércio no prejuízo, moradores irritados e inúmeras reclamações. Uma faixa ironizando esse um ano parado foi colocada como forma de protesto, mas retirada ainda nesta terça-feira (07).

O viaduto liga as ruas João Miqueletto e Eduardo Pinto da Rocha sobre a linha férrea, no Alto Boqueirão, foi fechado em março de 2022, devido a falha na estrutura, o que poderia resultar em uma tragédia. A medida foi tomada com base em laudo técnico de engenharia, e a previsão do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) era de seis meses de fechamento, mas o prazo se estendeu. Segundo o Ippuc, o viaduto necessita da recuperação completa da estrutura para voltar a operar normalmente.

Para demonstrar irritação quanto a demora da obra, uma faixa ironizando um ano de viaduto parado foi colocada nos últimos dias. “Aniversário de 1 ano da ponte fechada. Parabéns”. A faixa foi retirada nesta terça. Poucos meses atrás, moradores “comemoraram” os nove meses de enrolação da obra.

A paralisação vem prejudicando o comércio da região. Anderson Liberato, 37 anos, dono de uma loja de celular, relatou que alguns comerciantes desistiram de trabalhar devido a indefinição do tempo de retorno do viaduto. “Se você passar por todo o comércio, você ouvirá a mesma reclamação. Teve loja que fechou, por não aguentar a falta de cliente. Mas o que incomoda mais é a falta de certeza. Falta de um prazo para que possamos nos organizar”, reclamou o empresário.

Foto: Arquivo/Gerson Klaina/Tribuna do Paraná.

Outro incomodo é a mudança da rota do transporte público. Com o bloqueio do viaduto ao trânsito de veículos e pedestres, o tráfego foi desviado para outras ruas. Quem segue pela João Miqueletto no sentido do viaduto tem que virar à esquerda na Eduardo Pinto da Rocha e à direita na Rua Guaçuí, seguindo à Tijucas do Sul, depois à direita na Rua Ourizona rumo à Danilo Pedro Schreiner.

Para quem está próximo ao trecho da Eduardo Pinto da Rocha que se liga à João Miqueletto após o viaduto, o acesso é pela Danilo Pedro Schreiner e sua continuação até Rua Ourizona e conversão à Rua Coronel Joaquim Antônio de Azevedo, seguindo até a Nova Aurora e à Tijucas do Sul, conectando ao seu prolongamento Rua Guaçuí.

“Mudou linha de ônibus, o que atrapalha o movimento de pessoas, mas também atrapalha quem depende do transporte. Meu filho, por exemplo, tem tido transtorno com horário, ônibus lotado, tem que esperar o próximo e isso gera atrasos. Não sabemos até quando isso vai. Ficamos sem alternativas. Até entregador ou motorista de aplicativo sofre para nos atender”, lamentou Marco Antonio Plassa Ortiz, 51 anos, dono de uma papelaria.

Para o motorista de aplicativo de carona Miguel Silva, de 26 anos, o trecho é desesperador e atrapalha quem trabalha ou mesmo quer chegar em casa. “Em horário de pico é horrível. São trechos perigosos e perde meia hora parado”, comentou Miguel.

E aí, prefeitura?

Questionada, a prefeitura de Curitiba informou que até o momento foi realizado o escoramento do viaduto para com instalação de vigas metálicas com duas estruturas com 25 toneladas de aço, entre perfis e cantoneiras, sob cada um dos dois blocos de apoio dos pilares que dão sustentação ao viaduto. As vigas implantadas reforçam os pilares existentes e garantem que a linha férrea que passa por baixo do viaduto, em área de domínio da concessionária RUMO, continue a funcionar sem o perigo de paralisação do fluxo de cargas. Pelo local são escoados produtos como soja, milho, farelos, açúcar, fertilizantes, além de contêineres. Todo a implantação consumiu 45 dias de trabalho.

Viaduto está seguro?

Apesar desse reforço estrutural, não é o suficiente para garantir segurança ao trânsito de veículos leves no local, o que exigiu uma segunda contratação do projeto específico. A partir disso, o projeto foi encaminhado no início deste mês à Secretaria Municipal de Obras Públicas para ter a substituição dos aparelhos de apoio do viaduto, além da construção de uma laje de reforço. Após esse trabalho, o trânsito para veículos leves vai ser liberado.

No entanto, essa liberação não deve durar muito tempo, pois uma obra mais complexa vai ocorrer para fazer com que veículos mais pesados transitem no local. Em nota, o Ippuc relatou que não tem uma data específica para a conclusão da obra, mas que tendo essa nova contratação de serviço, o prazo seria de seis meses.

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