Promotores de olho

Jantar pode fazer médico acusado da morte de musa fitness usar tornozeleira

O médico Raphael Suss Marques, acusado de matar a ex-namorada e fisiculturista Renata Muggiati, pode ser obrigado a usar tornozeleira eletrônica. O pedido foi feito pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) e divulgado pela RPCTV. O MP alega que ele descumpriu medidas cautelares impostas pela Justiça e deve ser monitorado.

Raphael, que chegou a ser preso duas vezes, aguarda o julgamento em liberdade. Entre as condições para que permaneça livre, estava a de que ele deveria estar em casa às 21h todos os dias, mas, de acordo com os promotores, ele infringiu a norma. Além do horário, o médico deveria seguir uma série de imposições.

De acordo com o MP, imagens do circuito interno de uma churrascaria mostram que o médico chegou a um restaurante por volta das 22h30 e só saiu às 23h43. No pedido feito pelo MP, os promotores explicam que o monitoramento deve ser feito para que ele siga as medidas cautelares.

O pedido ainda não foi analisado pela Justiça. Caso este pedido seja aceito, Raphael será obrigado a usar a tornozeleira. Em uma possibilidade de que ele descumpra alguma das medidas, a partir do momento em que comece a ser monitorado pelo equipamento, poderá ser preso de forma preventiva.

Em entrevista, por telefone, às equipes da RPC TV, o advogado de Raphael Suss Marques afirmou, que ele não descumpriu nenhum determinação. Segundo o advogado, o médico sequer foi notificado pela Justiça da imposição de estar em casa no horário informado. A defesa afirmou, ainda, que o médico é inocente e que a acusação não passa de uma “ficção”.

Raphael-Suss-MarquesA morte de Renata

A fisiculturista caiu do 31º andar do apartamento de Raphael, na esquina das ruas Visconde do Rio Branco com Comendador Araújo, no Centro de Curitiba, em setembro do ano passado. A primeira suspeita era de suicídio, mas isso depois foi descartado pela polícia, que acredita que ela tenha sido asfixiada e depois atirada da janela pelo namorado.

Raphael foi preso em janeiro e solto seis dias depois por um habeas corpus concedido pela Justiça. Em janeiro, o médico foi preso novamente pela Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), chegou a ser encaminhado ao Sistema Prisional, mas agora responde em liberdade. Ele nega o crime a afirma que foi suicídio.

Fotos e mensagens enviadas por celular reforçam a hipótese de que Renata teria sido vítima de agressões por Raphael. A polícia, que já finalizou as investigações, não passou detalhes, pois o processo corre em segredo de Justiça. Na semana que vem começam as primeiras audiências, em que vão ser ouvidas testemunhas de acusação e defesa. Depois, a Justiça vai decidir se o médico vai ou não a júri popular.