Motivo banal

Morre homem baleado em bar de Curitiba por policial civil de folga

Antônio morreu após ser baleado por um policial de folga em um bar de Curitiba. Ele estava internado desde o ocorrido, na sexta-feira. Foto: Arquivo Pessoal.

O homem baleado por um policial civil de folga no BarBaran, em Curitiba, morreu na manhã desta quarta-feira (1º/10). Antônio Carlos Antunes, de 51 anos, estava acompanhado da família quando se envolveu em uma briga na noite de sexta-feira (26/09). Segundo a Polícia Civil do Paraná (PCPR), a confusão teria começado por motivo banal: um copo deixado em cima da pia do banheiro do estabelecimento.

Desde o episódio, Antônio estava internado em estado grave no Hospital Universitário Evangélico Mackenzie. Ele foi atingido por um único disparo efetuado pelo policial e morreu na madrugada desta quarta-feira. A informação da morte foi confirmada por familiares.

No sábado (27/09), a defesa da família, representada pelo advogado Elias Mattar Assad, informou à Tribuna que Antônio havia passado por uma cirurgia e aguardava melhora para ser submetido a um novo procedimento. O quadro clínico, no entanto, não evoluiu positivamente.

Nas redes sociais, a filha de Antônio, Júlia Antunes Reppold Marinho, que presenciou a briga no bar, fez uma homenagem ao pai nas redes sociais.

“Não vai ser fácil viver sem você. A saudade já está imensa, e o coração apertado. Mas eu sei que Deus quer os bons ao lado dele, e você foi um dos melhores. Prometo continuar lutando por nós, pela nossa família, e pelo seu neto… seu filho, como você gostava de dizer com tanto orgulho”, escreveu.

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O corpo de Antônio foi encaminhado ao Instituto Médico Legal de Curitiba (IML) e, após liberação, a família pretende realizar o velório e sepultamento na cidade de Erechim, no Rio Grande do Sul.

Caso é investigado

O policial que realizou o disparo foi ouvido na madrugada da confusão e liberado logo em seguida. Segundo a PCPR, o caso foi registrado como legítima defesa. A defesa do agente, conduzida pelo advogado Heitor Bender, sustenta que o disparo foi feito para conter uma situação de violência que havia escalado. Já a defesa da família de Antônio contesta essa versão.

Em nota, a defesa de Antônio informou que com o advento do falecimento da vítima, “o caso deverá prosseguir como homicídio – tendo como autor o policial civil do Paraná”, diz a nota.

E aí, Defesa?

Em nota, a defesa do policial civil lamentou o falecimento de Antônio. “Tal desfecho, embora lamentável, não altera a realidade dos acontecimentos que vimos expondo desde o início: Marcelo agiu em legítima defesa, reagindo a uma situação de agressão que colocou sua própria integridade em risco“, diz a nota. O advogado de defesa disse ainda o policial Marcelo segue respondendo ao processo em liberdade.

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