Pinhais

Guincheiro salta de veículo em movimento para escapar de assalto

Um guincheiro arriscou a vida para escapar de assaltante, na manhã segunda-feira (11), em Pinhais. Ele estava rendido pelos bandidos em seu caminhão, quando viu uma viatura da Guarda Municipal e se jogou do veículo em movimento. Um suspeito foi preso.

Os bandidos telefonaram à vítima, pedindo o apoio do guincho. “Eles disseram que o carro deles tinha dado problema e perguntaram até o valor que eu cobraria”, disse Isaías, 61 anos. O homem foi até a Rua Mandaguari, no bairro Emiliano Perneta, e foi rendido. “Quando cheguei, me mandaram encostar o caminhão e um deles entrou na cabine. Ele disse que era assalto e que eu seguisse rápido. Pedia o tempo todo para que eu não olhasse para trás para não ver a placa do carro que dava cobertura”, contou Isaías.

Com o bandido ao lado, o motorista avistou uma viatura da Guarda Municipal, que estava em patrulhamento, e não pensou duas vezes. “Tinha acabado de colocar minha vida nas mãos de Deus, não sabia o que ia ser de mim e vi a viatura. Me joguei do caminhão em movimento e pedi socorro”, relatou o motorista.

Equipamento

O veículo para quando os pedais não são acionados. Quando o caminhão parou, o suspeito não conseguiu sair. “Abordamos o homem, que não teve nem como fugir”, disse a guarda municipal Bastos. O suspeito foi identificado como Rudinei Fagundes, 27. Com ele a GM encontrou um revólver calibre 32, com quatro munições. Na delegacia, a GM descobriu que Rudinei era foragido da Colônia Penal. Os bandidos que estavam no Uno para dar cobertura ao roubo conseguiram fugir.

A suspeita, tanto dos guardas municipais, quanto dos policiais, é que os assaltantes tinham em mente um plano maior. “Pelo trajeto que fariam, eles planejavam assaltar a casa do guincheiro, que mora no Bairro Alto”, supôs Bastos.

Medo

Isaías contou que essa foi a primeira vez que ele foi assaltado com o veículo de trabalho, mas disse que já estava em alerta. “Outros companheiros de trabalho foram assaltados da mesma forma. Eles ligam, pedem o guincho e quando chegamos, anunciam o assalto. Já sabia que, a qualquer momento, isso poderia acontecer comigo”, disse.

O motorista, que é caminhoneiro há 30 anos e trabalha há cinco com guincho, reconhece que a forma que agiu não foi correta. “Não pensei no perigo. Não aconselho a reagir a assalto nunca, porque eu tive sorte, mas poderia ter acontecido uma tragédia”.

Sabendo de tantos assaltos, o homem disse que não tem o que fazer. Precisamos trabalhar. Não temos como imaginar se o suposto cliente é bandido”, disse.

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