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Bombeiros do PR que combatem incêndio no Pantanal voltam pra casa; Nova tropa está a caminho

Foto: Divulgação/SESP.

Parte dos 39 bombeiros paranaenses encaminhados para a difícil missão de controlar os incêndios que destroem o Pantanal brasileiro está voltando para casa. Eles embarcaram para o Pantanal no dia 15 de setembro e seguiram no estado vizinho. Dos 39, 35 devem retornar e um grupo formado por mais 35 bombeiros de Curitiba, Ponta Grossa e Maringá seguem de ônibus para a missão, que deve durar pelo menos até o dia 25 de outubro.

Os militares que estão combatendo o fogo no Mato Grosso do Sul (MS) contaram à Tribuna do Paraná que as cenas presenciadas no pantanal são desoladoras, uma verdadeira batalha pela vida de animais silvestres, com queimaduras profundas. A equipe paranaense está combatendo incêndios em duas frentes, uma em Costa Rica e Alcinópolis, perto do Parque Nacional das Emas, e uma em Corumbá e na Serra do Amolar, na fronteira com a Bolívia e na divisa com o Mato Grosso. O incêndio na região é tão grande que a fumaça chegou a ser sentida na região de Curitiba.

Segundo o Coronel Samuel Prestes, do Corpo de Bombeiros, os bombeiros serão determinados para atuar na região de Corumbá, na Serra do Amolar. “Nossos homens já combateram o incêndio no município de Alcinópolis, perto do Parque das Emas, e acabaram com o incêndio que acontecia naquela região”, disse o coronel em entrevista ao Bom Dia Paraná.

Tropa está a caminho do Pantanal. No centro, o Coronel Prestes. Foto: Divulgação/SESP.

O desafio dos bombeiros paranaenses no Mato Grosso do Sul é o bioma diferenciado. “Nossa tropa é treinada para incêndio florestal no nosso bioma, mas o Paraná é pioneiro, já na década de 60, nos estudos de incêndios florestais”, disse Prestes, que citou o episódio conhecido como Paraná em Flagelos, onde 70% do Paraná queimou em 1963. “Esse episódio fez com que técnicas fossem criadas e aprimoradas ao longo do tempo”, completou o coronel.

Corpo de Bombeiros do Paraná atua no combate a incêndios no Pantanal. Foto: Corpo de Bombeiros do Paraná

Outro ponto preocupante da operação é a situação inóspita de onde ocorrem os incêndios devastadores. “Em vários locais as viaturas não chegam. O pessoal têm que carregar o material nas costas por horas, levar seu próprio equipamento para o combate. Algumas operações, por exemplo, duraram das 10h da manhã até às 3h da madrugada do dia seguinte. Isso gera um desgaste físico que exige uma resistência física enorme. Por isso a substituição destes bombeiros”, disse.

O cabo Julio Cesar Simões, do Grupo de Operações de Socorro Tático (GOST), destacado para a missão no Pantanal, disse que a experiência pode agregar mais conhecimento e aperfeiçoamento das técnicas. “Vamos enfrentar vários focos de incêndio em diversas regiões, mas esperamos que possamos ajudar a parar com a devastação que assola o Mato Grosso do Sul”.

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