A Polícia Civil do Paraná (PCPR) prendeu 23 pessoas durante uma operação que investiga o envio de drogas pelos Correios para outros estados do país. A ação aconteceu na manhã desta quinta-feira (18) em Ponta Grossa, nos Campos Gerais, e em Curitiba.
Ao todo, foram cumpridos 29 mandados de busca que resultaram na apreensão de três veículos, porções de drogas, dinheiro em espécie, apetrechos para a comercialização das substâncias e celulares dos investigados.
De acordo com a PCPR, os suspeitos foram presos pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico e organização criminosa. Dos 23 suspeitos, oito pessoas também foram autuadas em flagrante e outras duas foram encaminhadas a uma delegacia para assinarem termo circunstanciado por posse de drogas para uso pessoal.
Em nota, os Correios afirmou que a operação contou com a colaboração da empresa e que ela atua em estreita parceria com os órgãos de segurança e fiscalização para prevenir o envio de itens proibidos por meio do serviço postal.
Além disso, garantiu que muitas das operações começam após o monitoramento, por meio de raio-x, realizado pela estatal. Quando algum objeto com conteúdo proibido ou ilícito é detectado, os Correios acionam os órgãos competentes que são responsáveis por dar encaminhamento às operações investigativas.
A empresa também disse que tem priorizado investimentos em ações preventivas para fortalecer a integridade dos serviços postais. .
Investigação começou em 2024
De acordo com a PCPR, a ação é um desdobramento de uma investigação iniciada em novembro de 2024 com a interceptação e apreensão de 17 pacotes de drogas enviados via Correios.
Conforme a polícia, os materiais foram identificados com ajuda de um cão de faro. Nas mercadorias havia porções de maconha e haxixe.
A partir dessa ação, a polícia identificou a existência de um grupo criminoso que fazia a venda das drogas pela internet. A PCPR afirma que a organização era sediada em Ponta Grossa e usava carros de transporte por aplicativo para realizar entregas na cidade e região e o serviço postal para envio para outros municípios e estados.
Com o aprofundamento da investigação, a polícia mapeou a estrutura do grupo e identificou que ele operava de forma hierarquizada, com diversos colaboradores com funções específicas.
Segundo a delegada que comandou a investigação, Grazieli Schmitz, o tráfico de drogas digital tem sido utilizado pelas organizações criminosas por permitir uma atuação silenciosa. “Apesar disso, estamos acompanhado de perto e realizado diligências constantes para bloquear a ação destes traficantes”, diz.
De acordo com a corporação, os presos foram encaminhados ao sistema penitenciário e o caso segue sendo investigado.



