Frio intenso

Geada vai deixar mais caro o preço de verduras e hortaliças em Curitiba

geada x hostaliças
Temperaturas em zero grau registradas nessa semana vão gerar um prejuízo para o consumidor que compra hortaliças. Foto: Arquivo.

As baixas temperaturas em Curitiba e na região metropolitana provocaram geada nesta terça-feira (29) e quarta-feira (30). O frio que chegou a 0,4° graus com sensação de -2° graus prejudicou cultivos como chuchu, abobrinha e alface, que foram perdidos por agricultores. A consequência vai pesar no bolso do consumidor que irá pagar mais para levar o produto para casa.

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A vida de quem depende do cultivo de hortaliças, leguminosas e tantos outros itens que costumam estar em enormes bancadas de supermercados é pesada. Desde a plantação até o momento da colheita depende de várias situações, inclusive do tempo. A utilização de estufas que protegem os alimentos do clima e pragas são comuns, mas existem agricultores que preferem a plantação em áreas abertas. É o chamado risco agrícola.

Com o frio dos últimos dias, é comum no Sul do Brasil, existir a perda de produtos mais frágeis para às baixas temperaturas. De acordo com Evandro Pilati, técnico e orientador de mercado da Ceasa Paraná, a geada afetou principalmente o chuchu e a abobrinha. “Prejudicou um pouco, especialmente o chuchu e abobrinha, as duas culturas mais prejudicadas. Nas folhosas, a alface também sentiu. Com as perdas, o reflexo é imediato ao consumidor. Os comerciantes se abastecem diariamente na Ceasa e quando existe alteração já se repassa ao consumidor”, disse Pilati.

E o aumento?

O técnico da Ceasa não tem um número exato de quanto vai subir cada produto, mas estima-se em R$0,50 para cada quilo. Com a falta e a procura das pessoas pelo alimento, vai restar ao comerciante comprar em outros estados. A partir disso, o aumento pode ser maior, pois entra deslocamento, combustível, pedágio, e outras taxas de negociação. “A alface subiu 25% do dia 28 de junho para este começo de julho. A abobrinha 22% e outros produtos como a vagem tende a aumentar. O nosso litoral até produz, mas não tem capacidade de abastecer Curitiba e região metropolitana”, comentou Pilati.

Opções mais em conta para o bolso

O orientador sugere opções para substituir caso encontre os preços mais elevados. “Batata, cebola, cenoura, beterraba, batata-salsa, repolho, agrião e couve-flor são opções, pois são produtos de época e a qualidade também ajuda”, completou Pilati.