Garota de 15 anos é executada pelo ex-namorado

Ciúme pode ter sido o motivo do assassinato de uma garota de 15 anos, ocorrido no final da noite de domingo, no Bairro Alto. A adolescente Patrícia Cavalcante de Lima, 15 anos, foi morta com dois tiros no rosto, no cruzamento da Rua Rio Negro com a Rua Epaminondas Santos. A polícia tem o nome de um suspeito, ex-namorado da vítima e traficante da região.

Moradores contaram que ouviram tiros por volta das 22h20 e quando saíram para ver do que se tratava, encontraram Patrícia caída no chão, de barriga para cima, próximo ao portão de entrada de uma residência. Ferida por dois tiros, no queixo e na cabeça, a garota não resistiu e morreu em poucos minutos.

Ciúme

Algumas pessoas comentaram com a polícia que, antes dos tiros, um indivíduo que seria o ex-namorado da vítima, se aproximou de Patrícia e perguntou se ela estava gostando de outra pessoa. Ela teria dito que sim e foi baleada.

“Existe esse suspeito, mas algumas informações ainda estão confusas. Vamos ouvir os amigos e outras pessoas próximas da menina para apurar detalhes”, informou o superintendente da Delegacia de Homicídios, Odimar Klein.

Familiares de Patrícia contaram que, às 17h de domingo, ela saiu de casa, em Pinhais, acompanhada de uma amiga e não voltou mais. Só ficaram sabendo do crime por volta das 23h, quando a amiga foi informada da morte por e-mail. Patrícia foi a 17.ª mulher assassinada em novembro, em Curitiba e região metropolitana.

Pais e amigas em prantos

Márcio Barros

Enquanto a polícia isolava o local onde estava o corpo da adolescente, as amigas dela choravam na rua e algumas mães não perderam a oportunidade para dar “sermões” nas filhas , usando Patrícia como um triste exemplo.

Uma mulher, que não quis se identificar, comentou que as adolescentes “sempre acham que sabem de todas as coisas; são donas da verdade, mas quando acontece uma coisa dessas, descobrem que são os pais quem tem razão”.

Laudevino Salete de Lima, pai de Patrícia estava inconformado. Ele contou que é funcionário de uma mesma empresa há 15 anos, e desde que a garota nasceu sempre trabalhou muito para dar tudo o que ela precisava para vencer na vida. “Ela era estudiosa, estava no primeiro ano do ensino médio e tinhas muitos amigos”, lamentou.

A mãe, Cleide Cavalcante de Souza, aparentemente mais conformada, disse que não imaginava que iria perder a filha dessa forma. “Eu sabia que ela tinha um namorado e sempre no final da tarde saia com uma amiga, mas não podia imaginar que a pessoa com quem ela se envolvia poderia fazer uma barbaridade dessas”, contou.