Dicas inúteis

Fubá e chá de alho: fake news de cura do coronavírus atrapalham Central 156

Ozíres de Oliveira, chefe da Central 156, pede para que a população não ligue para sugerir dicas de cura do coronavírus. Foto: Cassiano Rosario / Gazeta do Povo / Arquivo

O risco de transmissão pelo novo coronavírus fez muitos curitibanos procurarem o serviço da Central 156, da prefeitura de Curitiba, em busca de informações sobre a doença. Porém, diante de tantos pedidos por informações, ligações inusitadas têm atrapalhado o serviço de teleatendimento. De receitas caseiras a orientações sem nenhuma comprovação científica. Vale ressaltar: ainda não existe nenhuma vacina e nem remédio para prevenir ou curar a covid-19 – a única forma mais eficaz de prevenção no momento é o isolamento social.

“São muitas sugestões inusitadas. Uma delas é comer fubá com cebola, que poderia fortalecer o intestino e expulsar o vírus”, cita o coordenador da Central 156, Ozires de Oliveira. Outra sugestão falsa que chega constantemente à central é de receitas de chá de alho, informação que está em destaque na seção de fake news do coronavírus no site do Ministério da Saúde.

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Dos 95,8 mil pedidos por informações pela central em março, os registros sobre o coronavírus correspondeu a 6,7 mil deles. Por causa da alta procura por informações, o coordenador da Central 156 pede para que sugestões sejam repassadas aos canais digitais, para evitar o congestionamento das linhas. “Acaba que por causa dessas ligações sem sentido a nossa capacidade de atendimento pode ser afetada de alguma maneira”, salienta o coordenador.

Entre as sugestões mais citadas na Central 156 sem a menor eficácia estão os chás de diversas plantas. Uma das sugestões foi feita para que a Secretaria Municipal de Saúde faça um estudo e utilize plantas como erva palheira, melissa alfavaca no combate ao coronavírus.

Outra sugestão estapafúrdia seria para quem gosta de tomar vinho. Uma pessoa ligou para a central “alertando” que a bebida pode provocar congestão crônica, o que facilitaria a infecção pela doença – dica obviamente sem nenhuma comprovação científica.

Canais digitais

Ozíres de Oliveira orienta para que sugestões sejam feitas nos canais digitais, pelo aplicativo Curitiba 156, disponível nas plataformas Android e iOS, ou pelo portal www.central156.org.br. “São canais bem organizados, funcionam 24 horas, e tem respostas rápidas porque a demanda é repassada diretamente para as secretarias”, explica o coordenador.

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Tira-dúvidas da Prefeitura de Curitiba

Em Curitiba, a prefeitura criou dois principais telefones de atendimento sobre o novo coronavírus. O telefone (41) 3350-9000 atende das 8 às 23 horas e esclarece todas as dúvidas a respeito dos sintomas respiratórios e também as unidades de saúde que estão recebendo pessoas com sintomas suspeitos.