Patrimônio Histórico Estadual, o Viaduto João Negrão, mais conhecido em Curitiba como Ponte Preta, virou reduto de usuários de drogas, banheiro a céu aberto e ponto de tráfico. A região apresenta perigo para quem frequenta e passar por ali virou desafio tanto ao pedestre como para o motorista.

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O viaduto ficou mais conhecido nos últimos anos por ter caminhões e ônibus entalados que ficavam presos na Rua João Negrão. Muitos motoristas se confundem, pois a maioria das pontes urbanas possuem altura maior que a da Ponte Preta, onde só passam veículos com até 3,6 metros. A altura dos veículos no Brasil pode chegar a 4,4 metros.

Com o passar do tempo, os caminhoneiros aprenderam que o trecho merece atenção pela altura. Somente um caso ocorreu em 2023, quando um caminhão terceirizado dos Correios entalou, em maio

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Se esse problema deu um tempo, a bola da vez é a insegurança. Pessoas chegam a subir em uma espécie de “terraço da droga” para ficar distante de qualquer interferência policial. Em fotos registradas com exclusividade pelo repórter fotográfico Átila Alberti, da Tribuna do Paraná, é possível perceber irregularidades. Acesso proibido, uso de entorpecentes e necessidades fisiológicas em paredes.

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No flagras, feito de um condomínio ao lado da história estrutura, é fácil ver pessoas se escondendo na parte de cima da Ponte Preta para usar drogas. Por baixo, outros usam os cantos para urinar. Veja mais abaixo.

PM E GM de olho! 

Em nota, a Guarda Municipal de Curitiba informou que mantém patrulhamento ostensivo preventivo na região da Ponte Preta, no Centro. “Inclusive no último mês, em um dos patrulhamentos, a guarda municipal efetuou a prisão de um homem de 35 anos, que estava com mandado de prisão em aberto. O indivíduo tinha passagens por diversos crimes, entre eles, homicídio e tráfico de drogas”, disse a corporação para a Tribuna.

A GM esclareceu ainda que atua em ações conjuntas com outros órgãos da prefeitura no sentido de ofertar encaminhamento de dependentes de álcool e outras drogas para a rede de atendimento especializado.

E aí, Polícia Militar?

Já a Polícia Militar do Paraná (PMPR), comunicou que realiza abordagens constantes na região, a fim de coibir o tráfico e uso de drogas, assim como demais ilícitos.

“A PMPR ressalta que a participação e denúncias por parte da população são importantes para que sejam incluídas nas estatísticas que corroboram com as ações preventivas e ostensivas no local, promovendo a segurança e a ordem pública.As denúncias podem ser realizadas via telefone 190, app 190 PR e disque-denúncia 181, de forma anônima”, diz a nota. 

Estrutura história do Paraná

Imagem da década de 60 mostra como era a estrutura que viria a ser famosa em Curitiba por segurar veículos mais altos. Foto: Reprodução/Internet.

O Viaduto João Negrão, mais conhecido como Ponte Preta, tem a versão atual desde 1944. A primeira ponte foi construída no local em 1885 e fazia parte da ferrovia que ligava Curitiba a Paranaguá. Com o aumento do tráfego ferroviário, a antiga ponte foi substituída pela atual, com estrutura metálica importada dos Estados Unidos e montada sob a supervisão do projetista, o engenheiro paranaense Oscar Machado da Costa.

Em 1970 o viaduto foi desativado devido à inauguração da nova estação rodoferroviária, sendo que seis anos depois foi tombada como patrimônio histórico estadual. Apoiada em pilares, a estrutura principal compreende três vigas, com altura variável – 2,50m nos apoios e 1,52m no centro do vão, com contrapesos formados por blocos de concreto armado destinados a reduzir os momentos no vão central. O comprimento total da ponte é de 32,89 m, sendo que o vão central possui 21,28m e os laterais 5,80m. A distância entre as vigas principais é de 5,0m.

Na placa fixada abaixo da ponte, lê-se a seguinte inscrição: Viaduto João Negrão, construído na administração do Coronel Durival Britto e Silva pelo engenheiro Oscar Machado da Costa. 1944. RVPSC – Rede de Viação Paraná Santa Catarina. Veja abaixo!

Foto: Reprodução/Kraw Penas/SEEC

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