Estoque crítico

Falta de remédios para UTI faz hospital particular pedir ajuda a prefeitura de Curitiba

Leitos de UTI para pacientes com covid-19
Leitos de UTI para pacientes com covid-19. Foto: Pedro Ribas/SMCS

O estoque de medicamentos para intubação na UTI segue preocupante em Curitiba, não só pela sobrecarga de pacientes com Covid-19, mas também por de outras enfermidades, em especial traumas causados por acidentes de trânsito, casos de violência e outros. O problema é principalmente na rede privada de hospitais. Ao ponto de a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) ter de emprestar doses a um hospital nesta quarta-feira (2). Com os hospitais colapsados, terça-feira (1º) a ocupação dos leitos de UTI exclusivos de Covid-19 era de 104%. Diante disso, Curitiba está na bandeira vermelha, com lockdown, até 9 de junho.

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“Acabei de acudir um hospital que pediu medicamento de intubação. A gente tem tentado ajudar, mesmo não sendo nossa atribuição, nessa parceria com a rede privada”, informou a secretária municipalde Saúde, Márcia Huçulak em entrevista ao jornal Meio Dia Paraná, da RPC, nesta quarta.

Feriado sem aglomeração

A secretária municipal de Saúde de Curitiba, Márcia Huçulak, fez um apelo para que a população não se aglomere no feriado estendido de Corpus Christi que começa nesta quinta-feira (3). A rede hospitalar da capital está colapsada. Terça-feira (1º), a ocupação dos leitos de UTI exclusivos para Covid-19 era de 104%.

“É muito chato para nós ficarmos cuidando da vida das pessoas. Então a gente apela ao bom senso. Ainda não é hora de se reunir, de fazer churrasquinho. Está um tempo bom na cidade, mas fique em casa! Não faça reuniões e nem atividades conjuntas”, enfatizou a secretária em entrevista ao jornal Meio Dia Paraná, da RPC, nesta quarta-feira (2).

Com restrições severas desde sábado (29), quando passou a valer a bandeira vermelha, com o decreto novamente de lockdown, Márcia Huçulak considera que o cenário epidemiológico começa a se estabilizar, mas com os indicadores ainda muito altos. “Estávamos discutindo na reunião do Comitê da Pandemia hoje que temos uma estabilização dos casos. O que é um alento. Nas outras bandeiras, a gente teve uma média de seis a sete dias para começar a derrubar a curva. Nesse momento, ainda estamos em alta, com muita gente internada e chegando nas nossas UPAs, mas a gente percebe uma estabilização. Então vamos torcer. E a população, por favor, nos ajude no feriado a derrubar essa curva”, pediu a secretária de Saúde.

A secretária de Saúde também voltou a afirmar que, diante do avanço da vacinação, essa pode ser a última grande onda de contágio de coronavírus em Curitiba, assim como fez no dia em que anunciou a volta da bandeira vermelha. “Fizemos análise dos vacinados e os números são muito bons. A vacina é esperança. E a gente está muito feliz por abrir a vacinação por idade, a partir de pessoas com 59 anos. A perspectiva da vacina é a saída desse sufoco”, argumenta.