Fábrica de explosivos

Explosão Enaex: veja como o Paraná vai acelerar a identificação de nove vítimas

Equipes da força de segurança do Paraná seguem trabalhando na identificação de vítimas após explosão na Enaex Brasil
Equipes da força de segurança do Paraná seguem trabalhando na identificação de vítimas após explosão na Enaex Brasil. Foto: Divulgação / Corpo de Bombeiros.

No terceiro dia de buscas após a explosão na fábrica da Enaex Brasil, em Quatro Barras, a Polícia Científica do Paraná contará com apoio de equipes de outros estados para reduzir o tempo de identificação das vítimas, que atualmente seria de 30 dias, para um período estimado entre 10 e 15 dias. O anúncio foi feito pelo secretário de Segurança Pública do Paraná, coronel Hudson Leôncio Teixeira, em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (14).

Para agilizar a liberação dos laudos, foram acionados laboratórios de São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, além da própria Polícia Federal. O secretário ressaltou que a identificação seguirá protocolos internacionais rigorosos.

“A identificação de qualquer pessoa se dará pela Polícia Científica. Existe todo um protocolo internacional adotado nesse tipo de situação. Qualquer outro tipo de identificação que não tenha sido oficial é especulação. Os primeiros a serem avisados são sempre os familiares”, afirmou o secretário.

Os materiais coletados no local são encaminhados à sede da Polícia Científica em Curitiba, que realiza o mapeamento do DNA das amostras. Em seguida, o material é compartilhado com os outros laboratórios. “Serão quatro laboratórios trabalhando simultaneamente”, detalhou o secretário.

O material genético é cruzado com amostras fornecidas pelas famílias. Após a identificação das vítimas, as informações permitem a lavratura das certidões de óbito.

Buscas extendidas

O comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar do Paraná, coronel Antonio Geraldo Hiller Lino, explicou que as equipes atuam em apoio à Polícia Científica na busca por vestígios da explosão. Segundo ele, o efetivo foi reforçado nesta quinta-feira devido à previsão de chuva para o dia seguinte, ainda que com baixa intensidade, para agilizar o trabalho.

As buscas serão estendidas até após às 18h para que a conclusão seja antecipada. “Não queremos correr o risco do trabalho pericial ser prejudicado pelo mau tempo”, detalhou o secretário de segurança pública. 

As buscas estão concentradas no epicentro da tragédia, em um quadrante que foi subdividido em áreas menores. Após a conclusão dessa etapa, há possibilidade de utilização de cães treinados para localizar vítimas fatais, recurso semelhante ao empregado em investigações de acidentes aéreos, quando partes de corpos podem permanecer soterradas.

De acordo com o coronel, a operação envolve o uso de ferramentas para revolver o solo e identificar vestígios. Quando algo é localizado, a Polícia Científica é acionada. O local é marcado com triângulos de acrílico ou bandeirolas numeradas, para que o material possa ser recolhido, identificado e encaminhado ao laboratório para análise.

Inquérito ainda não aponta causas da explosão

O secretário informou que testemunhas já foram ouvidas na delegacia de Polícia Civil de Quatro Barras, mas que ainda não é possível determinar a causa da explosão. Os depoimentos incluem integrantes do turno anterior ao acidente, funcionárias que haviam deixado o local e membros das equipes de direção e segurança da Enaex Brasil.

A análise das imagens de segurança mostra que as vítimas se reuniram antes da explosão para fazer uma prece, já vestindo equipamentos de proteção individual (EPIs) e sem manipular explosivos. Novas imagens e os laudos técnicos das instalações da empresa ainda estão sendo analisados para complementar o inquérito.

Entenda o caso!

A explosão atingiu a Enaex Brasil (antiga Britanite), no quilômetro um da BR-116  (Rodovia Régis Bittencourt), em Quatro Barras, na Região Metropolitana de Curitiba, na manhã desta terça-feira (12), pouco depois das 5h30. Embora não tenha havido incêndio, moradores relataram ter visto fumaça no momento do impacto.

O incidente mobilizou equipes do Corpo de Bombeiros, que confirmaram a morte dos nove desaparecidos. Segundo o secretário de Segurança Pública do Paraná, coronel Hudson Leôncio Teixeira, os corpos foram fragmentados pela força da explosão.

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