Quatro Barras

Explosão em fábrica na RMC mobiliza equipe gigante de resgate e antibombas

Foto: Corpo de Bombeiros do Paraná.

Um ocorrência de detonação acidental em uma fábrica de explosivos na BR-116, em Quatro Barras, na Região Metropolitana de Curitiba, mobiliza uma grande equipe de forças de segurança da Secretaria da Segurança Pública do Paraná (SESP), por meio do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar na manhã desta terça-feira (12). Não há chamas no local e equipes fazem buscas por vítimas no perímetro da explosão.

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A área está isolada e o Corpo de Bombeiros fez o resfriamento do local. O Esquadrão Antibombas do Batalhão de Operações Especiais (BOPE) da Polícia Militar faz a varredura para garantir a segurança dos trabalhos. São nove pessoas desaparecidas. Não há risco de novas explosões.

O secretário da Segurança Pública do Paraná, Hudson Leôncio Teixeira, está acompanhando os trabalhos no local e ressaltou que todas os esforços estão sendo realizados nas buscas, inclusive com o pedido de máxima atenção do governador Carlos Massa Ratinho Junior. 

De acordo com o secretário, todos os esforços estão sendo feitos pelas forças de segurança na busca das vítimas, inclusive com o trabalho de cães especializados em busca de pessoas. “A área da fábrica está segura e podemos tranquilizar os moradores das regiões próximas de que não há mais riscos”.

Equipe mobilizada

Foram deslocados um caminhão Auto Bomba Tanque e Resgate de Curitiba e um de Colombo, além de duas ambulâncias. Equipes do Grupo de Operações de Socorro Tático (GOST) trabalham na busca pelas vítimas. Além do secretário da Segurança, o comandante-geral do Corpo de Bombeiros do Paraná, coronel Antonio Geraldo Hiller, está no local. 

Segundo o comandante-geral dos Bombeiros, a brigada de incêndio da própria empresa fez logo após a explosão o combate do incêndio e isolamento da área. “Esse isolamento, combate e acionamento do Corpo de Bombeiros possibilitou que chegássemos rapidamente e com a segurança estabelecida”, destacou. 

>> Veja aqui imagens de como ficou o epicentro da explosão

“A explosão ficou concentrada em uma edificação em especial. Não existe motivo para preocupação com novas explosões. Todas as vítimas estavam no mesmo local, o que ocasionou a explosão será investigado pela Polícia Científica em parceria com a Polícia Civil, contando com o apoio da própria empresa”, afirma o comandante.

A Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil de Quatro Barras faz atendimento de moradores da região que tiveram casas afetadas pela onda de choque da explosão. Três equipes fazem o levantamento das consequências e apoiam as famílias.

De acordo com o coronel Hiller, a empresa atende à legislação para operar com o tipo de material que comercializa e conta com autorizações para tal. “As autorizações são bastante rígidas, acompanhadas pelos órgãos de segurança. Percebemos que a primeira resposta que a empresa deu facilitou a logística de chegada e atendimento dos bombeiros”, afirmou.

Não há previsão de duração dos trabalhos do Corpo de Bombeiros Militar no local. “Precisamos fazer a limpeza da área para proporcionar segurança às equipes de busca. É uma operação que vai durar horas, não é simples, tem uma complexidade grande”, disse o coronel Hiller.

Entenda o caso

A explosão atingiu a empresa Enaex Brasil (antiga Britanite), localizada no quilômetro 1 da BR-116 (Rodovia Régis Bittencourt), em Quatro Barras, na Região Metropolitana de Curitiba, na manhã desta terça-feira (12), pouco depois das 5h30. O incidente mobilizou equipes do Corpo de Bombeiros, que constataram 9 desaparecidos. Embora não tenha havido incêndio, moradores relataram ter visto fumaça no momento da explosão. A área foi evacuada e os bombeiros seguem no local mapeando vítimas e avaliando a segurança da zona, considerada de alto risco devido à presença de material explosivo.

Enaex Brasil, antiga Britanite

A Enaex Brasil, especializada na produção de explosivos e desmonte de rochas, opera em regime de turno 24 horas — o que explica a presença de pessoas no momento da tragédia. Vale lembrar que, em 2004, uma explosão anterior na fábrica resultou na morte de duas pessoas.

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