A explosão de um telefone celular, no bolso da calça de um estudante, esta semana, deixou muita gente alerta sobre o que pode ter acontecido. Como isto ainda depende de um laudo, que será feito pela própria fabricante do aparelho, a Motorola, a Tribuna buscou um especialista para mostrar quais os cuidados que devemos ter para evitar acidentes diversos, como explosões, choques e queimaduras. Veja as dicas do Leonardo Vieira, que é técnico em eletroeletrônica e coordenador de educação do Sistema Fiep.

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– Celular sobreaquece frequentemente? Leve numa assistência ou troque de aparelho

– Nunca utilize acessórios paralelos (que não são da própria marca do celular)

– Só compre acessório paralelo (carregador, fone, adaptador, etc.) se tiver selo do Inmetro ou da Anatel

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– Tire a capa de proteção quando o celular estiver carregando

– Não manuseie ou fale ao telefone enquanto ele carrega

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– Não deixe o telefone carregando a noite toda. Completou a carga? Tire da tomada!

– Mantenha as atualizações de software do sistema sempre em dia

– Não exponha o telefone ao sol

O Leo explica:

Algumas das dicas acima são óbvias, outras, porém, nem tanto. Conforme Leonardo, o sintoma mais fácil de identificar quando um celular está com problemas é a temperatura elevada, quando carrega ou quando está sendo manuseado (ou mesmo em “repouso”). Com isto, é muito importante levar o aparelho a uma assistência técnica ou, se for possível, trocar de celular e descartar o velho (levar na coleta especial), para que ninguém mais o utilize.

Outro fator que pode trazer problemas é o uso de acessórios paralelos (que não são os fornecidos pela própria marca do celular). Carregadores, adaptadores e até fones de má qualidade podem provocar acidentes sérios. Se você optar por um paralelo, só compre os que possuem selo de certificação do Inmetro ou da Anatel (depende do tipo de acessório), pois estes passam por testes de qualidade para obter o selo.

Dois erros que a maioria das pessoas comete: carregar o celular sem tirar a capa e deixar carregando a noite toda. Conforme Leonardo, como é inserida uma corrente elétrica dentro do aparelho, enquanto ele carrega, é normal que o celular aqueça. Mas é um calor quase imperceptível ao toque humano. Mesmo assim, é indicado tirar a capa enquanto carrega, para manter o aparelho ventilado. E deixar o aparelho por tempo muito prolongados carregando pode causar o sobreaquecimento.

Quanto a deixar o celular carregando por muitas horas, isso faz o aparelho “viciar” e diminuir a vida útil da bateria, diz Leonardo. Por isso, é importante seguir o que diz o manual do fabricante em relação ao tempo de carga de cada aparelho. E assim que a carga completar 100%, já se deve tirar da tomada.

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Manusear o celular ou falar ao telefone enquanto ele carrega também é um risco enorme, pois conforme o técnico, se houver algum problema na rede de energia (curto circuito no sistema, raio ou alguma outra sobrecarga elétrica), a pessoa que está em contato direto com o aparelho levará choque, ou até causar uma explosão no imóvel.

Uma dica menos óbvia é manter as atualizações de softwares em dia, principalmente as de sistema (Android ou IOS). As atualizações corrigem erros de sistema, o que evita sobrecargas do sistema e consequente aquecimento do telefone.

A última dica, que parece óbvia, é não expor o celular ao sol. Um celular consegue funcionar bem até a temperatura de 35º. Se colocado ao sol, a bateria sobreaquece (gerando nítido risco de explosão), além de danificar os circuitos internos que, com o tempo, podem gerar curtos internos.

Lembre o caso do estudante

O adolescente de 14 anos praticava educação física na escola, com o celular dentro do bolso da calça, quando os outros estudantes disseram que estava saindo fumaça da calça dele. O jovem pensou que fosse alguma brincadeira dos amigos e não ligou. Só percebeu que era verdade quando sentiu sua pele esquentar.

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Como ele não conseguiu abrir o zíper para tirar o celular, um Moto G7 Power, acabou tirando a calça. Já em seguida o aparelho entrou em chamas e explodiu. O jovem teve queimaduras superficiais nas pontas dos dedos, quando tentou tirar o aparelho do bolso.

A Motorola afirmou que irá fazer uma perícia no celular, para saber o que houve, visto que o eletrônico era novo; foi comprado pela família em março.

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