Servir, proteger… e se solidarizar. O comandante do Batalhão de Polícia de Guarda, tenente coronel Arildo Medeiros Dias tomou uma atitude inusitada nesta quinta-feira (3). Acompanhado de capelães voluntários da Capelania da Polícia Militar, ele visitou casas vizinhas a um confronto ocorrido na última quinta-feira (30 de setembro), em Piraquara, Região Metropolitana de Curitiba. O objetivo foi levar conforto aos vizinhos do vigilante Marco Antônio Oliveira, morto na ação após troca de tiros com os policiais. Um PM ficou ferido na ação.

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Marco Antônio respondia na Justiça uma ação de devolução da residência onde morava. Ao ser abordado pelo oficial de justiça, ele se negou a receber a notificação e houve o confronto. Junto do tenente coronel Arildo estavam os capelães Pastor Eliomar, Roberto e Carlos, além do padre católico Neivo. Eles conversaram com o senhor Sebastião e a dona Rose, vizinhos da vítima.

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Sebastião relatou que ajudava Marco há algum tempo, levando-lhe comida. Marco já apresentava sinais de problemas psicológicos há pelo menos 15 anos, desde o falecimento de seu pai. Segundo relato da PM tratava-se de uma pessoa reclusa, que não atendia ninguém a não ser sua esposa, Rosa e o filho Luan. “Imagine, senão fosse a ação do policial Miranda, que atirou no Marco, poderia ter havido mais mortes, tem uma escola aqui do lado”, relembra o tenente coronel.

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A intenção do Comandante é solidarizar-se com as vítimas, vizinhos e toda a comunidade local, mostrando a seriedade da ação da polícia militar, que não escolhe o enfrentamento, mas sim, o cumprimento da Lei. “O policial militar tem a missão de proteger os inocentes, além de estar em sintonia com a comunidade a que serve”, afirmou. O objetivo da visita, segundo a PM, é de minorar os efeitos traumáticos das ações da polícia e levar uma palavra de alento pelos capelães, bem como demonstrar transparência dos serviços prestados pela Corporação.

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O Oficial ainda visitou o Colégio Estadual Dr. Gilberto Alves do Nascimento, que fica ao lado da residência onde houve o embate. Durante a ação, muitos alunos estavam chegando para as aulas, ficaram assustados com a movimentação de policiais e do helicóptero da Polícia que resgatou o Soldado Cavalheiro. A direção e os professores ficaram gratos pelas explicações e pela prestação de contas das ações da polícia.

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