Uma dentista, de 37 anos, e um empresário, de 35 anos, foram presos na quarta-feira (17), em Curitiba. Ambos são investigados pelos crimes de falsificação de medicação e desobediência.
Segundo a Polícia Civil do Paraná (PCPR) a dentista realizava procedimentos de lipoaspiração de papada em pacientes. Entretanto, os procedimentos ocorriam sem estrutura adequada e com medicamentos sem procedência.
Conforme a corporação, ao menos oito vítimas relataram sequelas em decorrência das práticas, incluindo inflamações graves, perda de movimentos do pescoço e reações adversas aos anestésicos. Uma das vítimas teria dado indício de um possível choque anafilático durante um procedimento, necessitando de atendimento de emergência no local.
A delegada responsável pelo caso, Aline Manzatto, afirma que pacientes relataram uso de sedativos sem prescrição e misturas de medicamentos sem avaliação clínica adequada. Segundo a delegada, os procedimentos eram marcados por meio de mensagens de aplicativo, sem consultas prévias. Nenhum nome foi divulgado.
“No momento da fiscalização, a dentista e o empresário, sócio da clínica, tentaram impedir a entrada das equipes, caracterizando o crime de desobediência”, explica a delegada.
Consultório tinha medicações sem nota fiscal
Durante uma ação conjunta entre a PCPR, a Vigilância Sanitária e o Conselho Regional de Odontologia (CRO), foram encontradas medicações sem nota fiscal e incompatibilidades entre os números de lote apresentados e os encontrados na clínica.
Conforme a polícia, ambos foram autuados em flagrante e, após os procedimentos de polícia judiciária, foram encaminhados ao sistema penitenciário. O inquérito segue em andamento.



