Redistribuição

Curitiba vai fechar 150 leitos de covid-19 nesta quinta-feira, confirma Márcia Huçulak

Leitos de covid-19 clínicos em Curitiba. Foto: Ricardo Marajó / SMCS

Em entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira (7), sobre a volta da bandeira amarela em Curitiba, a secretária municipal de Saúde Márcia Huçulak informou que a prefeitura fechará 150 leitos destinados à covid-19 nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da capital. Atualmente, as UPAs contam com 326 leitos de covid-19 livres, somando leitos clínicos e leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). Os leitos que serão fechados devem retornar para o servir ao atendimento de saúde de rotina da população. A previsão é de que os leitos já sejam fechados nesta quinta-feira (8).

LEIA TAMBÉM:

>> Curitiba libera cinema, teatros e bares, mas secretária alfineta: “não é vida normal”

>> Cirurgias eletivas estão liberadas em todo o Paraná a partir do dia 12 de julho

Segundo a Márcia Huçulak, mesmo fechando as 150 vagas, as UPAs ainda vão contar com 176 leitos para o tratamento da covid-19, o que, de acordo com a secretária, deve aumentar a taxa da ocupação de leitos da pandemia na cidade, mas não deve comprometer o atendimento dos pacientes com coronavírus em Curitiba. “Nós também precisamos voltar a atender as rotinas de especialidades da população. Amanhã, mesmo baixando 150, vamos ficar com 176 livres”, explicou.

Mais detalhes de como vai funcionar a redistribuição de leitos da covid-19 em Curitiba devem ser divulgados pela prefeitura na manhã de quinta-feira. A decisão, conforme explicou a Márcia Huçulak, levou em conta o monitoramento dos hospitais da cidade e da demanda pelas especialidades de saúde que não são da pandemia. “Acompanhamento da diabetes, hipertensão, por exemplo, tem que continuar”, finalizou.

Pandemia não acabou

Ainda na entrevista desta quarta-feira, mesmo com o decreto da bandeira amarela, que passa a valer a partir da meia-noite, a secretária de Saúde de Curitiba fez questão de destacar que a pandemia não acabou e que, segundo ela, ainda não é vida normal. “Tenho muito receio da bandeira amarela, porque a sensação é de que está tudo liberado. Não é vida normal. O que vai nos permitir flexibilizar são as medidas e o trabalho de toda a sociedade. Uso de máscaras, manter os ambientes ventilados, uso de álcool em gel”, ressaltou.

A secretária também disse que há muitos casos ativos da covid-19 ainda, acima de 7,2 mil casos em Curitiba. E que a meta é baixar os casos ativos para menos de 5 mil. “Claro que isso tem a ver com a ampliação da vacinação, mas também precisa da colaboração de todos”, finalizou.