Sem plataforma

Combate a incêndios em Curitiba está defasado por falta de equipamentos

Foto: Reprodução/Setran.

Desde dezembro de 2016, Curitiba está sem equipamentos adequados para combate a incêndio em grandes alturas. A licitação para a compra de três plataformas específicas para combate ao fogo em edifícios altos e galpões se arrasta desde 2008, e a escada Magirus do Corpo de Bombeiros de Curitiba – que vinha sendo adaptada para substituir as plataformas – está em manutenção na Alemanha desde dezembro de 2016. A expectativa era de que o equipamento em manutenção voltasse a operar em agosto deste ano, mas ele ainda não retornou.

Segundo informações do Corpo de Bombeiros, a escada Magirus não teria mudado a estratégia de combate ao incêndio que aconteceu na manhã desta quarta-feira (8), no bairro Bigorrilho. A informação da corporação é de que, como os bombeiros tiveram acesso às escadas do edifício, o trabalho não teve sua efetividade comprometida pela falta da escada ou das plataformas.

Compra demorada

A autorização do governador Beto Richa para a compra das plataformas foi publicada no Diário Oficial de 31 de dezembro de 2013. Ao custo total de R$ 7,1 milhões, a compra das plataformas da empresa finlandesa Bronto Skylift – que apresentou a proposta vencedora do certame – estava condicionada à existência de recursos financeiros.

Em dezembro do ano passado, o governo chegou a emitir uma nota de empenho – que significa a reserva de recursos em Orçamento – para a compra de uma das três viaturas, mas a aquisição não foi concluída.

A falta de dinheiro tem sido a justificativa recorrente do governo do estado para postergar a aquisição dos equipamentos. Foi também para tentar economizar que a Secretaria de Estado da Segurança diz ter resolvido dar prioridade à manutenção da escada Magirus.

Em maio, a pasta alegou que, em vez de comprar as plataformas, optou pelo conserto da escada Magirus do Corpo de Bombeiros de Curitiba, que tem finalidade similar a dos equipamentos licitados. De acordo com a pasta, o custo da manutenção será de cerca de 321 mil euros; valor 61% menor que o necessário para aquisição de uma nova plataforma.