A ação de grupo criminoso ligado à venda irregular de passagens de ônibus já provocou um prejuízo de mais de R$ 1 milhão ao transporte coletivo de Curitiba. Os detalhes foram revelados nesta segunda-feira (05), em uma coletiva de imprensa que contou com as presenças do delegado Tiago Dantas, presidente da Urbs, Ogeny Pedro Maia Neto e o superintendente de Defesa Social, José Semmer Neto.

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Oito pessoas que estariam ligadas aos golpes foram presas na última sexta-feira (02), em uma operação integrada da Polícia Civil do Paraná (PCPR), a Urbanização de Curitiba (Urbs) e a Guarda Municipal.

“Em meados do ano passado detectamos através da nossa inteligência, que rastreia 100% do sistema, um movimento anormal no sistema de bilhetagem. Então, chamamos a Guarda Municipal, cruzamos os dados com imagens da Muralha Digital e acionamos, em outubro, a Polícia Civil. Graças a essa ação integrada, foi possível entender como funcionava a fraude, que culminou com a prisão de oito pessoas na última sexta-feira”, disse o presidente da Urbs.

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Golpe envolvendo passagens de ônibus acontecia, principalmente, no CIC e Portão

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Segundo o delegado Tiago Dantas, a ação do grupo criminoso ocorria principalmente nos terminais CIC e Portão e em algumas estações-tubo. “Eles usavam uma engenharia social que simulava o pagamento da passagem por meio de celular e de um aplicativo e vendiam essas passagens aos usuários a preços mais baratos do que a tarifa, que é de R$ 6”, disse.

O usuário era abordado, o criminoso se oferecia para pagar a passagem com celular em troca de um valor menor e o passageiro passava na catraca. “Eles ficavam com o valor pago pelo cidadão e a Urbs não recebia nada por transportar o passageiro”, explicou o delegado.

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O esquema, segundo a Polícia Civil, era organizado. “Eles faziam um rodízio, com turnos de atuação de manhã, tarde e no período noturno. Quando o movimento estava bom, eles vendiam a passagem a R$ 5, quando estava mais fraco, vendiam a R$ 3”, completou.  

De acordo com Maia Neto, os prejuízos ainda estão sendo computados, mas pelo menos 200 mil passagens teriam sido fraudadas pelo grupo, com um impacto de mais de R$ 1 milhão para o sistema. “É um valor significativo, que impacta os custos. Com esse valor seria possível construir três plataformas de embarque e desembarque em terminais, ou reformar 20 estações-tubo ou ainda colocar elevador de acessibilidade em todas as estações-tubo da cidade”, detalha Maia Neto.

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Fraudes nas passagens de ônibus: investigação continua

O superintendente de Defesa Social, José Semmer Neto, lembra que graças ao cruzamento de dados dos relatórios da Urbs e das imagens da Muralha Digital foi possível identificar os suspeitos da operação.

A URBS orienta os usuários a não comprar passagens de terceiros. “A fraude prejudica o sistema e os usuários, causa desequilíbrio financeiro e pode encarecer a tarifa”, disse Maia Neto.

As investigações seguem a fim de identificar outros indivíduos responsáveis pela ação criminosa, segundo a Polícia Civil.   

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